O cenário econômico brasileiro encerra o ano com um dado alarmante: quase 80% das famílias no país possuem algum tipo de dívida. Segundo o levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o índice reflete não apenas o consumo parcelado recorrente, mas uma incapacidade crescente de honrar compromissos financeiros. O quadro é agravado pelo fato de que um terço dessas famílias não consegue pagar sequer as parcelas atuais, indicando um colapso iminente no orçamento doméstico,.
A situação atingiu o maior percentual de inadimplência já registrado no Brasil, com 13% dos endividados declarando que não terão condições de pagar nenhuma parcela daqui para frente. Este fenômeno é o resultado de nove meses consecutivos de aumento no endividamento, o que acende um "alerta vermelho" para a economia nacional. Quando as famílias perdem o poder de compra, a demanda por bens e serviços cai drasticamente, forçando indústrias a produzirem menos e, consequentemente, gerando desemprego.
O papel do governo e a inflação
O atual governo é criticado por ser "gastador e perdulário", estimulando o consumo desenfreado através da liberação de crédito sem a contrapartida de um projeto sólido de país,. Esse estímulo fez com que muitas pessoas gastassem além de suas capacidades, enfrentando agora uma inflação alta que encarece itens básicos, como alimentos. Além disso, não há um esforço governamental para a redução de gastos públicos, como o corte de ministérios ou privilégios, o que ajudaria a controlar os índices econômicos.
Em vez disso, observa-se a manutenção de programas de assistencialismo e medidas populistas que já atingem metade da população brasileira. Em anos eleitorais, o governo tende a manter essa distribuição de benefícios para assegurar apoio político, em vez de focar na produção de riqueza e na responsabilidade fiscal.
Recomendações e fiscalização
Diante desse cenário de incerteza, a recomendação para o cidadão é de extrema cautela com as finanças e com o excesso de compras, especialmente em períodos festivos. Além da gestão individual, reforça-se a necessidade de os eleitores cobrarem parlamentares para que fiscalizem os gastos do Executivo, uma vez que o aumento desenfreado de impostos e despesas públicas sobrecarrega quem ainda produz e trabalha no país,.
Para entender melhor a gravidade dessa situação, imagine que a economia de um país é como uma represa. O governo, ao estimular o consumo excessivo e gastar mais do que arrecada, abriu todas as comportas de uma vez para gerar energia rápida. Agora, o nível da água baixou tanto que não há mais força para girar as turbinas (a produção industrial), e a população, que dependia daquela água para o dia a dia, está diante de um leito seco e cheio de lama, sem saber como reconstruir suas reservas.
