A confissão mais dolorosa de um gênio: ‘Sou tóxico’
Marcelo Bielsa acabou de confessar que o maior adversário da vida dele sempre foi… Marcelo Bielsa
O futebol acaba de receber, talvez, a confissão mais dolorosa da sua história: um gênio tático admitiu publicamente que é o próprio veneno do vestiário. Depois da goleada de 5 a 1 dos Estados Unidos sobre o Uruguai, Marcelo Bielsa sentou-se na coletiva e soltou o verbo como nunca: “Sou tímido, obsessivo, robotizado… só vejo o erro, nunca me satisfaço. Exijo tanto que quem convive comigo piora. Sou tóxico. Tenho pavor da derrota, não prazer na vitória. Minha rigidez cria tensão permanente no grupo. Vivo isso como um carma… não mudo porque mudar significaria deixar de ser eu”.
Aos 70 anos, após levar uma surra histórica, nenhum técnico de elite na história recente se abriu assim em público. Psicólogos e psiquiatras vão dissecar cada frase, claro. Mas, para mim, aquilo não foi só desabafo. Foi grito de socorro.
Se a Associação Uruguaia, seu estafe ou a família não agarrarem essa mão estendida agora, o próximo passo pode ser o ponto final na carreira do maior gênio tático da nossa geração. Ainda dá tempo de salvar o homem e o treinador. Bielsa acabou de confessar que o maior adversário da vida dele sempre foi… Marcelo Bielsa. Tomara que alguém abrace El Loco antes que ele decida abandonar os gramados de vez.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
