Apesar de ainda não ser oficial, de acordo com integrantes da direção do PSOL em São Paulo ouvidas pela Gazeta do Povo, o deputado já teria comunicado que não pretende disputar a reeleição no ano que vem. (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

A ida de Guilherme Boulos (PSOL) para um ministério no governo Lula abriu uma disputa entre PT e PSOL. Os partidos brigarão pelo espólio de mais de 1 milhão de votos do deputado, que não deve concorrer à reeleição em São Paulo nas eleições de 2026, abrindo um vácuo na esquerda.

Por que a saída de Boulos da disputa é tão importante?

Ele foi o deputado federal mais votado de São Paulo em 2022, com mais de 1 milhão de votos. Por causa de um mecanismo chamado “voto puxado”, uma votação tão expressiva ajudou a eleger outros três colegas de partido. Sem ele, esse capital político fica em aberto, e seus eleitores precisarão de um novo representante.

Quem o PSOL pode lançar para herdar esses votos?

A aposta mais forte do partido é na deputada federal Erika Hilton, que ganhou grande visibilidade nacional durante seu mandato. A expectativa é que ela consiga ampliar sua votação de 256 mil votos de 2022. Outro nome cotado é o da deputada federal Sâmia Bomfim, que também busca a reeleição.

E quais são as apostas do PT?

O PT deve focar em nomes tradicionais. Rui Falcão, o petista mais votado em 2022, é nome certo. A grande novidade pode ser o retorno do ex-ministro José Dirceu. Após o Supremo Tribunal Federal (STF) anular suas condenações na Lava Jato, ele não é mais considerado "ficha-suja" e está livre para se candidatar.

O que é o “voto puxado” e por que ele é crucial nessa disputa?

Nosso sistema eleitoral permite que um candidato com muitos votos ajude a eleger colegas de seu partido que, sozinhos, não atingiram o necessário para garantir uma vaga. Boulos foi um excelente “puxador de votos”. Agora, tanto PT quanto PSOL buscam um nome com o mesmo potencial para ampliar suas bancadas no Congresso.

Qual o papel do presidente Lula nessa movimentação?

Ao nomear Boulos como ministro, Lula fortalece um aliado e lhe dá projeção nacional. Ao mesmo tempo, ele consegue administrar a disputa entre PT e PSOL, seus principais aliados, no maior colégio eleitoral do país. A manobra abre espaço para o PT se fortalecer em São Paulo, mas também alimenta um potencial concorrente futuro.

Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema consulte a reportagem a seguir.

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