A luz do Natal: Cristo, o Salvador que restaurou nossa comunhão com Deus e refundou a civilização
O Infinito coube em uma manjedoura, o Verbo se fez carne e habitou entre nós
Rafael Durand - 25/12/2025 10h07

Hoje é 25 de dezembro. O mundo cristão celebra o evento mais extraordinário da história humana: o momento em que o Infinito coube em uma manjedoura, o dia em que o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1:14).
Mas, ao olharmos para o menino Jesus, precisamos enxergar além da cena bucólica do presépio. Precisamos ver o Salvador que veio ao mundo com uma missão clara: redimir os nossos pecados e nos reconciliar com Deus.
A perspectiva cristã do Natal é inseparável da Cruz. Aquele bebê não nasceu apenas para ser um mestre de moral, mas para ser o Cordeiro de Deus. Ele veio para resgatar o que estava perdido, oferecendo-se como sacrifício perfeito para que nós, pela graça, pudéssemos ter vida eterna.
Este é o coração do Evangelho: o amor de um Deus que não abandonou sua criação, mas desceu até ela para salvá-la.
Contudo, a vinda de Cristo não transformou apenas o destino eterno das almas; ela transformou a estrutura da sociedade aqui na Terra. Jesus dividiu a história em “antes” e “depois” não apenas no calendário, mas nos valores que sustentam a nossa civilização.
Muitas das liberdades e direitos que o mundo moderno desfruta, e que muitos secularistas tentam reivindicar sem reconhecer a fonte, nasceram ali, em Belém.
A ideia revolucionária de que toda vida humana possui um valor intrínseco e sagrado, independentemente de classe social, raça ou poder, é fruto da “Imago Dei” (a imagem de Deus no homem – Gn 1:27), reafirmada pela encarnação de Cristo.
Foi o Cristianismo que nos ensinou a valorizar a família como núcleo vital da sociedade. Foi a ética do Reino de Deus que nos impulsionou ao cuidado com os mais vulneráveis — os órfãos, as viúvas, os enfermos — criando as bases para o que hoje chamamos de assistência social e caridade.
Antes de Cristo, o mundo era regido pela lei do mais forte; depois dEle, aprendemos a Regra de Ouro: “Fazei aos outros o que quereis que vos façam” (Mateus 7:12).
Jesus trouxe conceitos que desafiaram a lógica humana: o amor ao próximo, o perdão aos inimigos e até a ordem de orar por aqueles que nos perseguem.
Esses valores moldaram a concepção ocidental de Direitos Humanos. Leis verdadeiramente justas são aquelas que, conscientemente ou não, refletem essa moralidade superior, protegendo a dignidade da pessoa humana e a liberdade religiosa.
Portanto, ao celebrarmos hoje, celebramos a Luz que dissipou as trevas do pecado e a Luz que iluminou a civilização. Que possamos lembrar que o verdadeiro Natal aponta sempre para o Calvário e para a Ressurreição.
Encerro com estes versos que escrevi, desejando que a mensagem da Cruz seja o centro da nossa festa:
O Verdadeiro Natal – por Rafael Durand
Natal Feliz é aquele
Que nos faz olhar pra cruz,
Onde a Glória é só dEle:
Eis o menino Jesus.
Há mais de 2000 anos,
A maior prova de amor.
Deus envia Seu filho ao mundo
Para salvar o pecador!
Eis a bela notícia,
Que deve mui nos alegrar,
Pois estávamos perdidos,
Contudo, Ele veio nos resgatar.
E embora sendo O Filho
Por nós Ele padeceu,
E lá na cruz do Calvário,
O Seu sangue, Ele verteu!
Um Feliz Natal para todos! E que Jesus Cristo, a luz do mundo, ilumine e guie seus passos para todo o sempre!
|
Rafael Durand é advogado, mestre em Direito, pós-graduado em Direito Público e em Direito Digital, professor, membro do Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR) e da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB-PB, fundador do NEPC3 – Núcleo de Estudos em Política, Cidadania e Cosmovisão Cristã, autor de artigos e obras jurídicas. |



