Alckmin critica PL da Dosimetria: ‘Não é um bom exemplo’

A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada de quarta-feira, 10, o projeto de lei que reduz as penas de envolvidos nos atos de 8 de Janeiro

  • 13/12/2025 07h38
LECO VIANA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO Geraldo Alckmin SP - SALÃO INTERNACIONAL DO AUTOMÓVEL/LULA/ALCKMIN/PARTICIPAÇÃO - ECONOMIA - O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, discursa na cerimônia de abertura do Salão Internacional do Automóvel, no Distrito Anhembi, na zona norte de São Paulo, no final da tarde desta quinta-feira, 20. O evento é organizado pela Anfavea. 20/11/2025 - Foto: LECO VIANA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) criticou, na noite desta sexta-feira, 12, a aprovação do Projeto de Lei da Dosimetria, afirmando que a medida passa a mensagem de abrandar penas para os mais poderosos enquanto mantém punições mais duras para a população mais pobre. A declaração foi dada na chegada à festa do Grupo Prerrogativas, que também contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

“Reforça uma sensação na opinião pública de que, quando é pessoa mais simples, aí é dureza. Mas, para o crime do colarinho branco, para os mais poderosos, abranda. Não é um bom exemplo”, disse o vice-presidente.

A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada de quarta-feira, 10, o projeto de lei que reduz as penas de envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro. O texto, que pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi aprovado por 291 votos a 148.

Agora, o PL da Dosimetria está sob análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O relator da proposta, senador Esperidião Amin (PP-SC), deve apresentar seu parecer na próxima quarta-feira, 17, e já sinalizou a possibilidade de reinserir a anistia no relatório.

Alckmin também comentou a decisão dos Estados Unidos de retirar sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Para o vice-presidente, a medida foi justa. “É uma decisão importantíssima e justa, porque ninguém pode ser punido por exercer o seu dever, que é o dever de um ministro da Suprema Corte. Foi uma medida importante do governo americano, um ato de justiça e um reconhecimento do trabalho da Suprema Corte brasileira”, afirmou.

*Estadão Conteúdo