Alcolumbre marca sabatina de Messias no Senado para 10 de dezembro

Sessão ocorrerá em meio a desgaste entre o Palácio do Planalto e o Congresso, que vê resistência ao nome do AGU; indicado de Lula precisa de 41 votos entre 81 senadores

  • Por Jovem Pan
  • 25/11/2025 16h41 - Atualizado em 25/11/2025 16h59
Reprodução/Instagram/@jorgemessiasagu Jorge Messias Indicado por Lula ao STF, Jorge Messias deverá ter vida dura no Senado

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), definiu para 10 de dezembro a sabatina do advogado-geral da União, Jorge Messias, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o STF (Supremo Tribunal Federal). A votação no plenário deve ocorrer no mesmo dia. O relator da indicação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) será o senador Weverton Rocha (PDT-MA). A mensagem formal com a indicação será lida em 3 de dezembro.

A escolha de Messias gerou desgaste entre o Palácio do Planalto e o Senado, justamente em período crítico para o governo Lula no Congresso. A Casa Alta estava próxima do presidente e atendeu alguns interesses palacianos durante a crise com a Câmara dos Deputados, como no caso da da PEC da Blindagem. Alcolumbre e outros senadores preferiam o nome do ex-presidente do Congresso Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e se queixaram de não terem sido consultados antes do anúncio da indicação. A falta de comunicação elevou o mal-estar político e aumentou a pressão sobre a sabatina.

Após uma tentativa der aproximação de Messias, em carta aberta repleta de elogios a Alcolumbre, o presidente do Senado respondeu como uma nota bastante fria. Ele afirmou que a sabatina seguirá o rito tradicional e destacou que cada parlamentar poderá avaliar a indicação “no momento oportuno”, preservando as “prerrogativas constitucionais” da Casa.

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O texto do AGU reforçava a defesa do diálogo e do respeito às instituições. Messias, agora, pretende procurar individualmente os senadores antes da votação. Nos bastidores, porém, Alcolumbre tem articulado para acelerar o processo ainda em dezembro, contrariando a estratégia inicial do governo, que desejava mais tempo para construir apoio. Para conquistar a cadeira que era de Luís Roberto Barroso, ele precisa de ao menos 41 votos entre os 81 senadores da República.