eua rio
O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou intervir na Nigéria para evitar mortes de cristãos (Foto: Vincent Thian/EFE)

Ouça este conteúdo

O fim de semana rendeu muita notícia, como a renúncia de Carla Zambelli, embora a anulação feita pelo Supremo da votação não encontre guarida na Constituição. A Constituição é muito clara, dizendo que é preciso passar por uma votação.

Ele (Moraes) disse que não, que era automático. Não é o que diz a Constituição, mas, enfim, a gente não sabe mais se está valendo a Constituição Brasileira.

Sobre a retirada da Magnitysk de Moraes, eu vejo como uma tática que Trump usa muito. Ele bota bode, depois tira o bode em troca de alguma coisa. Ele botou três bodes, não é? A Magnitsky, a tarifa e os vistos para entrar nos Estados Unidos. Ainda tem mais dois bodes esperando um passo do Brasil, que talvez seja o projeto de lei da dosimetria que se transforme em anistia.

Brasil, 7º país mais perigoso do mundo

Outra questão. Fiquei muito chocado porque esse vai ser o grande assunto na campanha eleitoral do ano que vem. Saiu um dado mundial sobre violência armada nos países. O Brasil é o sétimo país mais perigoso do mundo. Não se trata nem segurança pública, mas conflitos armados. Primeiro lugar, Gaza. Depois Mianmar, Síria, México, Nigéria, Equador. E em sétimo vem o Brasil. O Brasil é mais perigoso do que o Haiti. É uma coisa incrível.

Tem uma festa judaica que comemora o reerguimento do templo. E a reconstrução de Jerusalém. É o Hanukkah. E dois sujeitos, pai e filho, de 53 e 24 anos, de fuzil, atiram sobre a multidão de judeus que estava numa praia em Sydney, Austrália. Mataram 15 pessoas, inclusive um rabino de 41 anos. Fizeram 40 feridos, dois policiais. Um dos atiradores foi morto e o outro está preso, muito ferido.

Teve um herói, sujeito desarmado, vendedor de frutas, de 43 anos. Levou um tiro no braço, um tiro na mão e se agarrou ao atirador e tirou o fuzil dele. Imagina só. Enfim, terrorismo antissemita é aquilo que Hitler fazia. Ainda tem gente hoje agindo assim.

Tuca, a distribuidora de emendas

Falei do Brasil país perigoso. Não custa lembrar, a Polícia Federal fez busca e apreensão na Câmara dos Deputados de novo, no gabinete de uma funcionária, minha conterrânea gaúcha. Eu não vou dar o nome porque não sei ainda se ela é culpada ou não. Estão investigando. Parece que o apelido é Tuca. E ela trabalhava com o Arthur Lira no gabinete da presidência da Câmara. Agora está trabalhando na liderança do Partido Progressista. Dizem que ela era uma espécie de distribuidora de emendas. Alterava a emenda de um deputado para o outro e tal. O caso está sendo investigado.

O presidente Hugo Mota numa nota disse que ela é uma excelente funcionária, digna de confiança, competente. Mas não entra no mérito da questão. Então tem todos os requisitos de competência como funcionária, mas ele não entra nessa de dizer que ela fazia ou não fazia. Então fica aí, fica no ar.

Governo impõe dificuldades, agro vai semear menos

Outra coisa, que já falei aqui antes, é sobre como anda a economia. A economia vai mal, os discursos vão bem, mas a economia vai mal. Veja a safra prevista para o ano que vem. A safra é a coisa mais forte que nós temos nesse país, é o que permite que a gente importe, porque garante o equilíbrio, as divisas que nos dão direito a importar.

A safra vai ser 10 milhões de toneladas a menos. Previsão do IBGE. Em 2025 vai fechar com 345,9 milhões de toneladas, mas no ano que vem será de 335 milhões de toneladas. 10 milhões a menos. Isso é gente que está semeando menos, que está ficando triste com as dificuldades que o governo atual impõe ao agro.

A safra está caindo. Milho, quase 10 milhões de toneladas a menos; sorgo, menos 15%; arroz, 1 milhão de toneladas a menos; algodão, 11 a 12% a menos; trigo, 4% a menos. Isso significa 320 mil toneladas de trigo a menos. Feijão, menos 33 mil toneladas. Trigo e feijão é pão e prato. Prato brasileiro.

VEJA TAMBÉM: