Mural da Direita

Anistia Internacional levou mais de dois anos para abordar os crimes do Hamas de 7 de outu

12/12/2025 19:39 Pleno.News

Anistia Internacional levou mais de dois anos para abordar os crimes do Hamas de 7 de outubro

Israel afirma que o relatório "está muito aquém"

Lawrence Maximus - 12/12/2025 16h39

Vigília em Berlim na data em que ataque do Hamas completou dois anos (Imagem ilustrativa) Foto: EFE/EPA/CLEMENS BILAN

Em um gesto quase teatral de modéstia tardia, a Anistia Internacional — sim, aquela Anistia — decidiu, dois anos após o 7 de outubro, reconhecer o óbvio: o Hamas cometeu crimes contra a humanidade. Não meros “excessos de resistência”, nem “lamentáveis desvios táticos”, mas exterminação, sequestro sistemático, tortura e violência sexual. Palavras que, curiosamente, a organização conhece bem — embora costumasse reservá-las exclusivamente para exércitos com fardas, orçamentos e endereços diplomáticos.

E como Israel reagiu? Com um sorriso irônico e uma frase lapidar: o relatório “está muito aquém”.

Não por negar os crimes — afinal, quem precisa de relatórios quando há vídeos, testemunhos e cemitérios reais? —, mas porque, diante da barbárie meticulosamente documentada por sobreviventes, câmeras de segurança e até pelos próprios terroristas em suas redes sociais, 173 páginas parecem pouco. É como emitir um boletim meteorológico depois que a cidade já foi engolida pelo furacão — e ainda perguntar se está chovendo.

A Anistia, claro, não perdeu a veia seletiva. Enquanto detalha, com atraso, os horrores do Hamas, segue acusando Israel de genocídio — uma alegação tão descolada da realidade que beira o caricato.

Seria genocídio, então, evacuar civis antes de bombardear túneis onde terroristas armazenam foguetes? Seria genocídio deixar passar dezenas de milhares de toneladas de ajuda humanitária — enquanto o inimigo as desvia para seus bunkers?

A lógica é circular: Israel é culpado não por aquilo que faz, mas por existir em uma guerra com quem prefere esconder-se atrás de hospitais e escolas.

A ironia mais fina está aqui: a mesma organização que por anos tratou o Hamas como “grupo armado com legítimas aspirações nacionais” agora se espanta ao descobrir que ele mata civis de propósito. Pobre Anistia — levou apenas um massacre em larga escala, festivais de música transformados em campos de execução e centenas de reféns torturados para perceber que, às vezes, o “resistente” é, na verdade, um carrasco.

Israel, entretanto, não espera a bênção moral de quem demora tanto para enxergar o mal. Sua resposta ao relatório foi quase professoral:

– Obrigado por notar. Agora, por favor, investigue também quem ainda nega que 7 de outubro aconteceu!

Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.

Leia também1 Brasília não dorme, e eu também não
2 Não é teoria da conspiração, mas um alerta!
3 A ditadura da lacração: Por que o "psicológue" tem palanque e o cristão tem mordaça?
4 Governo dos EUA retira nome de Moraes da Lei Magnitsky
5 Governo Trump manifesta apoio ao avanço do PL da Dosimetria

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.

Fonte original: abrir