Bancada governista cogitou votar a favor do relatório de Derrite, mas Lula vetou

PT fala em ‘luta ingrata’ e prejuízo na narrativa sobre segurança

  • Por Victoria Abel
  • 19/11/2025 13h09 - Atualizado em 19/11/2025 13h18
Bruno Spada/Câmara dos Deputados Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, discursa durante votação do PL Antifacção Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, discursa antes da votação do PL Antifacção

Auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e integrantes da base governista contaram à Jovem Pan que a bancada na Câmara cogitou votar favoravelmente ao relatório de Guilherme Derrite, para evitar desgastes. No entanto, o próprio presidente Lula pediu voto contrário ao parecer, inviabilizando a tentativa de minimizar a derrota.

A primeira estratégia da bancada do governo e do PT durante a votação desta terça-feira (18), foi tentar aprovar um requerimento para retomar o texto original do Ministério da Justiça. Depois que a proposta foi rejeitada, os governistas avaliaram que seria melhor apoiar o texto de Derrite, mas a ordem para orientação contrária veio de Lula.

Integrantes do Palácio do Planalto e da cúpula do PT agora começam a calcular os prejuízos que o governo deve ter com o posicionamento. Um dos aliados do presidente disse que, principalmente nas redes sociais, a “luta será ingrata” e que o governo deve “perder feio” a narrativa sobre segurança. Mesmo assim, os petistas vão investir no discurso de que a Câmara votou pela proteção dos “mais poderosos”, apostando novamente em um desgaste do Centrão.

Os governistas têm dito que o texto aprovado enfraquece a Polícia Federal. No entanto, o relator Guilherme Derrite redirecionou os recursos provenientes das operações para o Fundo Nacional de Segurança Pública, ao qual a Polícia Federal tem acesso. Uma reclamação do governo era de que o primeiro parecer previa apenas o direcionamento de verbas para polícias estaduais.

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Outra estratégia do governo será apostar em modificações na proposta que possam ser feitas no Senado. No entanto, qualquer mudança, levaria o texto de volta para a Câmara dos Deputados.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.