Urgência: Bolsonaro, na entrada do DF Star durante internação de emergência. Defesa do ex-presidente quer internação na véspera e cirurgia no dia de natal.
Urgência: Bolsonaro, na entrada do DF Star durante internação de emergência. Defesa do ex-presidente quer internação na véspera e cirurgia no dia de natal. (Foto: Andre Borges/EFE)

O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro está sendo internado hoje no DF Star, hospital que não fica longe da solitária onde ele está confinado, talvez a cerca de 600 metros de distância, cinco minutos de percurso, para uma cirurgia marcada para amanhã, dia 25, feriado de Natal, que celebra o nascimento do Messias.

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Jair Messias Bolsonaro está lutando contra as sequelas da facada de Adélio Bispo e daqueles que o estimularam e o defenderam. Trata-se de uma hérnia dos dois lados, na região inguinal. Ele deve ficar hospitalizado por uma semana. Até agora, Moraes só permite que dona Michelle permaneça com ele.

Augusto Heleno

Já está em casa, desde ontem, o general Augusto Heleno, em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, proibido de frequentar redes sociais e de usar celular. Certamente, para visitá-lo, é preciso autorização de Moraes, que também atua como juiz de execuções criminais. Ele ficou um mês no comando militar do Planalto.

Foguete

É muito lamentável o fracasso, eu diria até o fiasco, do foguete lançado na base de Alcântara, às dez e pouco da noite do dia 22. Um outro 22 fatídico. Em 22 de agosto, há 22 anos, explodia um foguete lançado na base de Alcântara, matando 21 pessoas.

Desde então, não se lançou mais nada de uma base de lançamentos privilegiada, a apenas dois graus de latitude sul em relação ao Equador, o que provoca uma economia de 30% de combustível. O foguete subiu durante um minuto e depois espatifou-se no solo. Ainda estão sendo estudadas as falhas ocorridas.

Por vários dias, o lançamento foi adiado, à espera de condições ideais, inclusive para evitar choque com outros objetos em órbita. O foguete, de origem sul-coreana, faria o lançamento comercial de cinco microssatélites e conduziria experimentos gravitacionais e de ausência de gravidade enviados pela Universidade Federal do Maranhão e pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Enfim, é algo que o país precisa aprender. Não sei se se trata de uma questão cultural, mas havia também sul-coreanos envolvidos. Fico muito preocupado quando, desde o início, se adota uma postura permissiva inclusive no ensino. Aqui, é comum passar de ano sem aprender nada. Não estou afirmando que seja esse o caso, mas não somos exatamente uma nação voltada às ciências exatas, como física e química, e tudo isso está presente em um lançamento espacial. Seria um grande negócio, o mercado de lançamento de satélites, um setor bilionário. Esse fracasso é muito pesado para o Brasil.

Acordão

O que também pesa para o Brasil é terminar o ano com um acordão de R$ 62 bilhões em emendas, para esconder déficit, meu Deus do céu. O Congresso concorda por meio de negociações envolvendo emendas. Todo esse dinheiro veio do pagamento de impostos, de quem trabalhou para pagar imposto.

Banco Master

Por fim, cabe ressaltar que estão dizendo: “ah, Moraes nega que tenha…”. Não nega. Moraes divulgou uma nota afirmando que, em reuniões com o Banco Central e com bancos, tratou da Lei Magnitsky imposta a ele, exclusivamente desse tema. O Banco Central também divulgou uma nota, bastante cautelosa, afirmando que confirma a realização de reuniões com o ministro Moraes para tratar dos efeitos da aplicação da Magnitsky.

Não houve negativa de que também tenham ocorrido reuniões para tratar do Banco Master, que mantém contrato com o escritório de advocacia da família do ministro Moraes, pagando R$ 3,6 milhões por mês. Malu Gaspar, do Globo, detalha inclusive o teor das conversas, nas quais o ministro teria defendido interesses do Master, chegando a dizer que gosta muito de Vorcaro, que estaria sendo perseguido. O assunto está em discussão. Onde está a verdade?

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