Bolsonaro tentou romper tornozeleira eletrônica ferro de solda, diz PF
A tentativa de retirada da tornozeleira foi usada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) como um dos motivos para determinar a prisão do ex-presidente
O ex-presidente Jair Bolsonaro, preso preventivamente neste sábado, teria tentado queimar a tornozeleira eletrônica, segundo fontes da Polícia Federal. O equipamento foi “gravemente danificado e precisou ser substituído” ainda na madrugada. Uma perícia no material teria confirmado que o capitão da reserva tentou romper o equipamento com uma “fonte de calor”. A informação foi divulgada inicialmente pelo G1 e confirmada pela Jovem Pan. O colunista Bruno Pinheiro apurou, também com uma fonte da PF, que teria sido utilizado um ferro de solta.
A tentativa de retirada da tornozeleira foi usada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) como um dos motivos para determinar a prisão do ex-presidente. Depois que chegou à Superintendência da PF, Bolsonaro teve a segundo tornozeleira retirada.
A prisão do ex-presidente foi motivada por “garantia da ordem pública”, segundo a PF. O filho mais velho de Bolsonaro, Flavio, havia marcado uma vigília na frente do condomínio do capitão da reserva para a noite deste sábado. Ainda de acordo com a decisão de Moraes, o ex-presidente teria tentado violar a tornozeleira eletrônica.
A prisão do ex-presidente foi motivada por “garantia da ordem pública”, segundo a PF. O filho mais velho de Bolsonaro, Flavio, havia marcado uma vigília na frente do condomínio do capitão da reserva para a noite deste sábado. Ainda de acordo com a decisão de Moraes, o ex-presidente teria tentado violar a tornozeleira eletrônica.
Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, onde ficará em uma sala de Estado, espaço reservado para autoridades como presidentes da República e outras altas figuras públicas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Michel Temer também ficaram detidos em salas da PF
A decisão ainda não marca o início do cumprimento da pena de reclusão.
Em nota, a Polícia Federal informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva expedido pelo STF.
Em 11 de setembro, por 4 votos a 1, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) condenaram o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
A maioria dos réus foi condenada a mais de 20 anos de prisão em regime fechado. Apesar da definição do tempo de condenação, Bolsonaro e os demais não vão ser presos imediatamente. Eles ainda podem recorrer da decisão e tentar reverter as condenações. Somente se os eventuais recursos forem rejeitados, as prisões poderão ser efetivadas.
Na última sexta-feira (21), a defesa do ex-presidente havia pedido a Moraes, que o capitão cumpra a sua pena de 27 anos e três meses em casa. Os advogados argumentam que ele não teria condições físicas de ser encaminhado a um presídio comum, e que isso apresentaria risco a sua vida. “A situação de saúde do Peticionário já se encontra profundamente debilitada”, diz o texto. Também, no mesmo requerimento, a defesa avisa que pretende recorrer utilizando embargos infringentes ao STF sobre a condenação do ex-presidente.