Perícia da PF conclui que Bolsonaro precisa de cirurgia urgente para tratar soluços
Perícia médica da PF concluiu que Bolsonaro precisa de cirurgia para tratar o quadro de soluços crônicos “o mais breve possível”. (Foto: EFE/Andre Borges)

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Em nota divulgada neste domingo (21), os médicos do ex-presidente Jair Bolsonaro deram detalhes da cirurgia à qual o político será submetido para corrigir uma hérnia inguinal bilateral. O texto, assinado pelo cirurgião-geral Cláudio Birolini e pelo cardiologista Leandro Echenique, ressalta que Bolsonaro deverá ficar internado para a realização do procedimento e descreve as etapas da cirurgia, ainda sem data prevista.

Segundo a equipe médica, os exames mostram que parte do intestino de Bolsonaro está se projetando para fora da parede abdominal durante a chamada manobra de Valsalva, que aumenta a pressão interna do abdômen. Por conta disso, o ex-presidente precisará ser submetido a uma herniorrafia inguinal bilateral para reparar o problema.

Além da cirurgia, os médicos realizarão outro procedimento para tentar controlar as crises de soluço de Bolsonaro. “Considerando a presença de soluços persistentes e refratários ao tratamento medicamentoso instituído, está programada, durante o período de internação hospitalar, a realização de bloqueio anestésico do nervo frênico, com a finalidade de atenuar as crises de soluços”, diz a nota. Conforme laudo da Polícia Federal, Jair Bolsonaro apresenta soluços incoercíveis com frequência de até 40 episódios por minuto.

O ex-presidente está preso desde 22 de novembro na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, após ser condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal por supostos crimes contra o Estado. Desde a prisão, a defesa de Bolsonaro vinha solicitando autorização para a realização das cirurgias.

Somente após a elaboração de um laudo pela PF o procedimento foi autorizado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. A perícia concluiu que Bolsonaro precisa passar pela cirurgia “o mais breve possível”, mas apontou que o procedimento é “eletivo”, ou seja, sem caráter de urgência.

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