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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes foi alvo de um protesto de um acusado de participar dos atos de 8 de janeiro de 2023. O homem, que considerado foragido pela Justiça brasileira e está na Argentina, acompanhava o segundo dia do 1º Fórum de Buenos Aires, a nova edição do “Gilmarpalooza”, na plateia.
Ele se levantou para dizer que o ministro Alexandre de Moraes, relator das ações penais do 8 de janeiro, o acusou sem provas. “O Alexandre de Moraes me acusa, e acusa outros que estão aqui no nosso meio, de 14 a 17 anos [de prisão] sem nem ter provas de ter entrado dentro dos prédios”, disse, referindo-se à invasão das sedes dos Três Poderes.
“Então, senhor Gilmar, agradeço. Eu vim aqui para falar isso. Aproveitar esse momento que o senhor está na Argentina, para falar que existem pessoas de bem no meio do dia 8 [de janeiro], sim. E que não cometeram [crimes]”, acrescentou.
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Ele gravou o momento com o celular e agradeceu ao decano e a plateia por ouvir seu desabafo. “Agradeço ao senhor por me ouvir. Agradeço a todos vocês que estão em silêncio, porque se eles estão falando em democracia, essa é a verdadeira democracia, eu poder falar e me expressar”, destacou.
Ele foi abordado por seguranças e retirado da sala. Em seguida, o dono do BTG Pactual, André Esteves, retomou o andamento do evento. A intervenção do acusado pelo 8 de janeiro foi registrada por participantes do Gilmarpalooza e publicada nas redes sociais. O início do protesto chegou a ser registrado ao vivo, mas a transmissão foi interrompida, sendo retomada apenas após a saída do homem.
O evento é transmitidono canal de YouTube do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), fundado por Gilmar e responsável pelo evento. Segundo apuração da CNN Brasil, outros dois foragidos do 8 de janeiro também estavam presentes e teriam se credenciado no evento com seus próprios nomes.
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