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“Existe uma hierarquia a ser seguida. Bolsonaro vai falar e você vai seguir; não gostou? Pode sair do partido” – Eduardo Bolsonaro, deputado federal exilado. Tá, mas de qual partido estamos falando, o do Valdemar da Costa Neto?
“Uma das vezes eu tive um namoro de 4 anos e quase morei em Florianópolis. Ela teve a sorte de não casar comigo” – Carlos Bolsonaro, vereador (PL-RJ), citando conexões com SC, onde pretende concorrer ao Senado. Prova de que cônjuge a gente até escolhe; já filho, não tem como.
“A esquerda tem o DNA da criminalidade” – Silas Malafaia, pastor evangélico, sobre reação da esquerda contra a megaoperação da polícia no RJ. A mamãe pode até ser a Dama do Tráfico, mas o papai é do Centrão.
“Venho falando ‘pretuguês’” – Ana Maria Gonçalves, primeira escritora negra a se tornar imortal da ABL. Desconfio que esse “pretuguês” seja apenas um nome artístico do bom e velho “vermelhês”.
“A extrema direita brasileira só existe com sucesso por um motivo: a mídia hereditária tem ódio de classe ao Lula” – Xico Sá, jornalista. Entre o amor e o ódio, há uma linha tênue. Entre o padrão editorial e a verba publicitária, nem isso.
“Vamos fazer um mandato sério, sem palhaçada” – Tiririca, deputado federal, ao trocar de partido, do PL para o PSD. A filiação ao PSD provoca uns efeitos colaterais curiosos... Rodrigo Pacheco entrou e deixou de ser oposição. O Tiririca mal chegou e já deixou de ser palhaço. Agora só falta o governador Eduardo Leite (RS) – outro recém-filiado – anunciar que vai deixar de ser... isentão.
“É uma história muito mixuruca, não segura um livro – Fernando Morais, biógrafo de Lula, perguntado se Jair Bolsonaro daria uma boa biografia. Para render uma biografia de peso, o sujeito tem que ter capivara! Pense em tramas de corrupção internacional, prisão cinematográfica com discurso em cima do caixão da esposa, amigos misteriosos com imóveis de luxo...
“Sejam muito ‘bem-vindes’” – Theatro Municipal de SP, apresentando a peça infantil João e Maria. Abre o olho, Joãozinho, acho que não é só o seu dedinho que essa bruxa quer cortar...
“Estamos vivendo um verdadeiro escândalo na nossa democracia. O financiamento das campanhas eleitorais se tornou um poder que corrompe o processo eleitoral” – José Dirceu, preso no Mensalão e no Petrolão. Agora só falta o mosquito da dengue lançar campanha de conscientização para não deixar água parada.
“O voto impresso pode ser instrumento do crime organizado” – Cármen Lúcia, ministra do Supremo (STF-MG). Se o voto é sua arma, parece que estamos em plena campanha nacional pelo desarmamento.
“As ofensas que recebo são por eu ser mulher, não pela conduta” – Cármen Lúcia, ministra do Supremo (STF-MG), choramingando contra suposta misoginia. Deve ser aquele famoso “discurso de ódia” desses “213 milhões de pequenos tiranos” para quem o “cala boca já morreu”.
“A gente compra coisa que não queria com o dinheiro que a gente não tem” – Rosana Hermann, roteirista, em bate-papo na TV Brasil. Por exemplo, uma TV estatal que dá traço de audiência e só serve como cabide de emprego para artistas aliados.
“Não tenho nenhuma, meu caro” – Miguel Nicolelis, cientista neurolulista, em discussão com usuário que o mandou cancelar suas contas nas “big techs”, no Twitter. Como bom petista, certamente a conta não é dele, é de um amigo.
“Eu vi a cidade da minha mãe no interior da Bahia mudar. Eu vi as favelas em São Paulo mudarem. Eu vi a autoestima das pessoas subir” – Mano Brown, cantor, sobre melhorias que observou durante os mandatos de Lula. É que o Brasil realmente pode parecer outro quando muda-se de ambiente e, principalmente, de companhias.
“Doutor, eu tranquilizo o seu coração. Até o presente momento afirmo, nesta tribuna ninguém descumpriu o código de ética da advocacia” – Flávio Dino, ministro do Supremo (STF-MA), durante o julgamento do suposto golpe. O leitor atento perceberá a sutileza da expressão “até o presente momento”. Provavelmente ele se referia só àquele dia, enquanto abria a primeira sessão da Corte.
“Seu Paulo Gonet, na última vez eu votei no senhor a pedido do presidente Bolsonaro” – Jorge Seif, senador (PL-SC). Bolsonaro pedindo voto para o Seif, o Seif votando no Gonet... No fim das contas, parece que era mesmo mais simples deixar a urna eletrônica resolver tudo sozinha.
“Acessei lugares que estão dentro de mim” – Rodrigo Santoro, ator, sobre preparação para o filme “O Filho de Mil Homens”. Quantos desses mil homens será que ele encontrou por lá?
“Bolsonaro me enganou, mas eu permiti” – Soraya Thronicke, senadora (Podemos-MS). Ele provavelmente mandou aquele clássico: “Confia no teu potencial, talkey?”... e ela confiou.
O Esporte Bretão
“Futebol é para homens, não é para meninas” – Ramón Díaz, técnico do Internacional. Olha, a esta altura do campeonato, se colocarem um moicano na Marta e escalarem como “Neymarta”, é capaz de dar jogo.
“O árbitro é muito ruim. Além de ser ruim, com todo respeito, o árbitro é arrogante” – Neymar, o menino Ney, criticando árbitro de Santos vs Flamengo. Agora só falta o juiz ser chamado de corrupto pelo Lula e de golpista pelo Alexandre de Moraes para poder pedir música no Fantástico.
FLOP30
“Nós resolvemos que a Amazônia para o mundo é como se fosse uma bíblia. Todo mundo sabe que existe e interpreta cada um da sua forma” – Lula, em discurso na COP30. Faz até sentido: assim como a Bíblia, a COP30 começou com um engano, teve uma tribo estranha louvando o bezerro de ouro, virou um longo calvário e, ao que tudo indica, vai terminar no Apocalipse.
“É momento de impor uma nova derrota aos negacionistas” – Lula, sobre as “mudanças climáticas”. Fico com medo de que esses tais “negacionistas” sejam os aposentados do INSS.
“Você ter um negacionista do clima à frente de um país tão importante é algo preocupante” – Marcelo Lins, analista político, criticando a ausência dos EUA na COP30. O que me tira o sono mesmo é ter um “afirmacionista” da propina governando o meu próprio país.
“É mais barato US$ 1,3 tri para acabar com problema climático que US$ 2 tri para guerra” – Lula, passando o chapéu durante a COP30. O homem que afundou a Petrobras, quebrou os Correios e sumiu com o dinheiro dos aposentados, agora quer salvar o mundo. Salve-se quem puder!
“O Amazonas tem só 1% do globo terrestre. Preservar 1% não vai resolver nada. Tem que preservar tudo” – Ratinho, apresentador de TV, sobre os esforços da COP30. Pois é, mas parece que, por algum estranho fenômeno, floresta só cresce em país subdesenvolvido.
“Já compraram coxinha?” – Janja Lula da Silva, rachando o bico ao debochar de jornalistas que denunciaram os preços extorsivos na COP30. É fácil fazer piada com o preço de uma coxinha de galinha, quando já se tem duas.
“Vou puxar a orelha do Lula” – Cacique Raoni, sobre planos do governo de explorar petróleo na foz do Amazonas. Depois, se ele retaliar puxando o seu beiço, não venha dizer que foi golpe baixo.
“Pior do que a ausência sentida, é uma postura de negacionismo” – Luís Roberto Barroso, ex-ministro do STF, estreando como analista climático ao criticar a ausência dos EUA na COP30. O Barroso querendo parar com as queimadas? Deve ser crise de meia-idade.
Plantão Internacional
“Aviso a Rubio e Trump: tenham cuidado. Vocês estão entrando na terra natal de Bolívar, onde exércitos camponeses com lanças derrotaram as poderosas forças espanholas e francesas” – Gustavo Petro, narcopresidente da Colômbia, ameaçando EUA caso decidam intervir na América Latina. Suspeito fortemente que exista uma certa especialista brasileira de cabelo colorido por trás dessa estratégia brilhante.
“Cuidado, porque se a águia-real atacar o condor, ela despertará a onça-pintada dos povos americanos” – Gustavo Petro. Dizem que o Petro é narco, mas depois de uma viagem dessas, fica claro que é tudo para consumo próprio.
“Quantas esposas você tem? Com vocês, eu nunca sei” – Donald Trump, durante encontro com o ex-líder terrorista e novo presidente da Síria Ahmed Al-Sharaa. Compreensível: o Trump deve ter dificuldade até pra lembrar quantas esposas ele próprio já teve.
“Eu estava jogando xadrez 3D durante a campanha contra Trump” – Kamala Harris, candidata derrotada à presidência dos EUA. O problema dela não é o xadrez ser 3D ou 4D. É o cérebro ser 2D.
“Chomsky me ligou com o Lula. Da prisão. Que mundo” – Jeffrey Epstein, pedófilo americano, em mensagem onde revela contato com Lula através de professor universitário. Uma clara campanha de difamação! Usando o nome de um criminoso condenado, envolvido em escândalos imorais, para tentar manchar ainda mais a reputação... do Jeffrey Epstein.
PL Pró-facção
“É muito preocupante, clamamos por diálogo, precisamos desse diálogo sob pena de desestruturarmos o sistema penal brasileiro” – Mário Sarrubbo, secretário nacional de Segurança Pública, sobre o PL Antifacção. Sempre à espera do diálogo cabuloso.
“Derrite é burro. Sorte nossa” – José de Abreu, ator, comemorando suposta deficiência intelectual de relator do PL Antifacção. “Sorte nossa”, de quem exatamente?