Líder do PL diz que renúncia de Zambelli foi uma ‘decisão estratégica’ e ‘cálculo jurídico’

De acordo com Sóstenes Cavalcante, ao renunciar antes da conclusão da cassação, ‘Carla Zambelli preserva direitos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado’

  • Por Sarah Américo
  • 14/12/2025 17h15 - Atualizado em 14/12/2025 17h50
Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados Sóstenes Cavalcante decide entrar na CPI que investiga as fraudes no INSS após uma série de vitórias do governo Lula Sóstenes Cavalcante decide entrar na CPI que investiga as fraudes no INSS após uma série de vitórias do governo Lula

O líder do Partido Liberal na Câmara, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), disse que a renúncia de Carla Zambelli (PL-SP) ao cargo de deputada federal foi uma “decisão estratégica” e um “cálculo jurídico”. “A renúncia não foi improvisada nem emocional. Foi uma decisão estratégica diante de uma decisão vergonhosa do STF, que ignorou o devido processo legal e avançou sobre garantias constitucionais básicas”, disse em publicação do X (antigo Twitter). “Isso não é fuga. É cálculo jurídico em um ambiente de exceção”, acrescenta.

De acordo com Cavalcante, ao renunciar antes da conclusão da cassação, “Carla Zambelli preserva direitos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado, ganhando margem jurídica para buscar liberdade e permanecer na Itália”.

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Zambelli, detida na Itália desde julho, anunciou neste domingo (14) sua renúncia ao cargo de deputada federal. A Câmara dos Deputados informar que a Deputada Carla Zambelli (PL-SP) comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia ao mandato parlamentar na data de hoje”, diz a carta.

A renúncia de Zambelli vem após uma semana em que a Câmara dos Deputados votou contra a sua cassação do cargo, porém, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, anulou a decisão e ordenou a perda imediata do mandato da parlamentar.

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) condenou a deputada a 10 anos de prisão em regime inicialmente fechado por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).