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Na Europa, luzes de Natal se apagam diante do terrorismo islâmico

18/12/2025 17:37 Pleno.News

Na Europa, luzes de Natal se apagam diante do terrorismo islâmico

Como celebrar a paz em tempos de ameaça constante?

Lawrence Maximus - 18/12/2025 14h37

Mercado de Natal na Europa (Imagem ilustrativa) Foto: Pixabay

Em meio às tradicionais luzes, canções e reuniões familiares do fim de ano, a Europa enfrenta, mais uma vez, um dilema doloroso: como celebrar a paz em tempos de ameaça constante? A motivação oficial, confirmada por autoridades de segurança pública em países como França, Alemanha, Bélgica e Itália, é o aumento estarrecedor de ameaças relacionadas ao extremismo islâmico, combinado com a possibilidade de ataques coordenados sob o disfarce de protestos ou manifestações públicas.

Ataques recentes, planos desarticulados por agências de inteligência e o ressurgimento de células jihadistas em solo europeu levaram diversos países a elevar seus níveis de alerta antiterrorista ao máximo — ou próximo disso — e a reforçar a cooperação transnacional no combate ao terror.

Na França, por exemplo, as tradicionais celebrações nas Champs-Élysées, em Paris, foram drasticamente reduzidas. A famosa roda-gigante e a árvore de Natal luminosa permanecem, mas sem a programação de palco, shows ou aglomerações planejadas.

Prefeituras de cidades como Lyon, Marselha e Estrasburgo anunciaram o cancelamento de mercados de Natal ou a proibição de fogos de artifício, alegando “impossibilidade de garantir segurança total”.

Na Alemanha, Berlim manteve seu mercado de Natal no Portão de Brandemburgo, mas com presença visível de forças policiais, barreiras antiterrorismo e restrições de acesso a veículos nas proximidades.

Já Bruxelas suspendeu completamente seu evento central na Grand-Place, após relatos de inteligência sugerirem que manifestações antirracismo planejadas para o período poderiam ser infiltradas por elementos extremistas com intenção de causar distúrbios violentos.

Essas medidas levantam debates em toda a Europa — com o ISIS e outros grupos terroristas ativos em todo o continente — com líderes radicais e grupos afiliados promovendo campanhas para uma intifada global.

Críticos alertam para os riscos de normalizar o estado de exceção e restringir liberdades democráticas com base em ameaças locais. O atual clima de alerta ocorre em um momento de tensão elevada no continente — criando um terreno fértil para radicalização.

Nesse contexto, a Europa encontra-se em uma encruzilhada crítica: como enfrentar ameaças reais sem comprometer os valores democráticos que pretende defender?

Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.

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