
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos divulgou nesta terça-feira (23) um novo relatório em que afirma que a China vem ampliando seu estoque de ogivas nucleares em um ritmo estimado de cerca de 100 unidades por ano.
O documento sustenta que o fortalecimento militar chinês, descrito como “histórico”, estaria tornando o território americano cada vez mais exposto a riscos.
Segundo a avaliação apresentada, a mensagem central do relatório é que o avanço das capacidades estratégicas de Pequim altera o equilíbrio de dissuasão e amplia o grau de vulnerabilidade dos Estados Unidos.
O texto também atualiza pontos que já haviam sido citados em documento anterior, publicado em 2024, quando o Pentágono indicou que o presidente Xi Jinping estaria se preparando para adotar uma capacidade de contra-ataque com base em sistemas de alerta antecipado.
O relatório é o primeiro a ser publicado durante o segundo mandato do presidente Donald Trump, do Partido Republicano, e reforça a leitura de que a modernização militar chinesa segue acelerada.
Ao mesmo tempo, a divulgação ocorre em um cenário de tentativas de melhora no relacionamento entre Washington e Pequim. Trump e Xi conversaram por telefone no fim de novembro, tendo Taiwan como um dos temas discutidos.
Ainda no início de novembro, a região foi marcada por um episódio de tensão diplomática envolvendo o Japão. Na ocasião, a primeira-ministra japonesa declarou que uma intervenção na ilha poderia dar aos japoneses o direito de atacar a China como medida de defesa, afirmação que provocou reação e gerou uma crise diplomática entre os dois países.