Uma pesquisa do Instituto Futura Inteligência, realizada entre os dias 4 e 8 de novembro, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perderia em todos os cenários de segundo turno testados para as eleições de 2026. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais.
Segundo o estudo, Lula ficaria atrás de Jair Bolsonaro, que aparece com 48,6% das intenções de voto, contra 40,2% do atual presidente. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também surpreende, registrando 46,5% contra 40,4% de Lula, repetindo o padrão de força entre evangélicos e nas regiões Sul e Sudeste.
Além disso, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aparece numericamente à frente de Lula, registrando 46,5% contra 39,5%. Já os governadores Ratinho Jr. (PSD) e Ronaldo Caiado (União Brasil) também venceriam ou estariam empatados tecnicamente com o presidente, em cenários que apontam a consolidação da oposição de direita.
Ministros da Segunda Turma do STF protagonizaram discussão durante sessão
Os ministros Dias Toffoli e André Mendonça protagonizaram uma discussão acalorada durante sessão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (11). A saber, o embate ocorreu no julgamento de um processo de 2005, que tratava sobre a responsabilidade pelo pagamento de indenização por danos causados por um agente público.
Com efeito, o debate central envolvia a correta aplicação de uma tese do STF pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). Assim, Toffoli votou para rejeitar um recurso do Ministério Público Federal (MPF), afirmando que o TRF-2 agiu de forma adequada e que o recurso criava um "precedente ruim". Contudo, Mendonça divergiu e irritou o colega ao citar um voto anterior de Toffoli.
A referência escalou o conflito: Toffoli reagiu, acusando Mendonça de colocar "palavras no meu voto que não existiram" e classificando o ato como "desrespeitoso". Mendonça, por sua vez, revidou dizendo que Toffoli estava "um pouco exaltado", ao que Toffoli respondeu que se irritava com atos de "covardia". O julgamento foi suspenso por pedido de vista de Nunes Marques.
PGR pede a condenação dos integrantes do núcleo 3 do suposto golpe
O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, pediu nesta terça-feira (11) a condenação dos integrantes do núcleo 3 da suposta trama golpista. A saber, o grupo é composto por nove militares das forças especiais do Exército, os “kids pretos”, e um agente da Polícia Federal.
Segundo a denúncia da PGR, os réus foram responsáveis pelo monitoramento e planejamento de um plano para assassinar o então presidente eleito, Lula, e o ministro do STF Alexandre de Moraes em 2022. Gonet afirmou que as investigações “escancaram a declarada disposição homicida e brutal da organização criminosa”.
Apesar disso, a PGR pediu a desclassificação da acusação para o tenente-coronel Ronald Júnior, abrindo espaço para benefícios penais. Dessa forma, ele deve responder apenas por incitação ao crime. Para os demais, Gonet sustentou que as ações táticas foram responsáveis por crimes graves, como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Veja os destaques do Café com a Gazeta do Povo desta quarta-feira (12)
- CÂMARA SE COMPROMETE A VOTAR PROJETO ANISTIA ATÉ O FIM DO ANO;
- FUX ESTREIA NA SEGUNDA TURMA DO STF COM ALFINETADA DE GILMAR MENDES;
- ENFRAQUECER A PF PROVOCARÁ “CAOS JURÍDICO”, DIZ DIRETOR SOBRE PL ANTIFACÇÃO;
- HADDAD: RELATÓRIO DE DERRITE PODE FORTALECER O CRIME ORGANIZADO;
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