O ditador da Rússia, Vladimir Putin, em evento televisionado em Moscou de mais quatro horas de duração nesta sexta-feira (19) (Foto: ALEXANDER KAZAKOV/SPUTNIK/KREMLIN/EFE/EPA)

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O ditador da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira (19) que os comentários de que o Kremlin planeja atacar outros países europeus além da Ucrânia não passam de “bobagem”, mas advertiu que não haverá outras invasões apenas se o seu país for tratado “com respeito”.

O líder russo fez a declaração durante um evento televisionado em Moscou de mais quatro horas de duração, no qual respondeu a perguntas do público e de jornalistas.

“Não haverá operações se vocês nos tratarem com respeito, se respeitarem nossos interesses, assim como sempre tentamos respeitar os seus”, disse Putin, em resposta a uma pergunta de um jornalista da emissora britânica BBC.

O ditador usa o termo “operação militar especial” para descrever a guerra contra a Ucrânia, iniciada com uma invasão russa em fevereiro de 2022.

Putin também citou outra condição para não invadir outros vizinhos: “Se vocês não nos enganarem como nos enganaram com a expansão da Otan para o leste”.

Antes da guerra da Ucrânia ter início, a Rússia vinha exigindo que a Otan retornasse à configuração anterior a 1997, quando vários países da antiga Cortina de Ferro ainda não haviam entrado na aliança militar – entre eles, os Estados Bálticos, Polônia, Hungria e Romênia.

A respeito das negociações para um cessar-fogo na Ucrânia, Putin se disse “pronto e disposto” a encerrar o conflito “pacificamente”, embora esteja sempre criando entraves nas conversas para dar fim à guerra.

As declarações de Putin vieram depois que líderes da União Europeia fecharam um acordo para emprestar à Ucrânia 90 bilhões de euros até 2027, mas não atingiram consenso sobre o uso de ativos russos bloqueados para ajudar o país invadido.

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