O premiê britânico, Keir Starmer, e o presidente dos EUA, Donald Trump, durante a Conferência pela Paz em Gaza, em Sharm El-Sheikh, no Egito, em 13 de outubro (Foto: YOAN VALAT/EFE/EPA)

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O Reino Unido deixou de compartilhar informações de inteligência com os Estados Unidos a respeito de embarcações suspeitas de ligação com o narcotráfico no Mar do Caribe devido aos ataques americanos a esses veículos, informou a CNN nesta terça-feira (11).

Segundo fontes ouvidas pela emissora americana, as autoridades britânicas consideram que a operação militar dos EUA no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico, que desde o início de setembro já produziu 19 ataques contra 20 embarcações nos quais pelo menos 75 pessoas foram mortas, violaria o direito internacional.

O Reino Unido, que controla diversos territórios no Caribe, onde mantém bases de inteligência, sempre ajudou a Guarda Costeira americana a localizar embarcações suspeitas de transportar drogas na região para que fossem realizadas abordagens, enviando informações para uma força-tarefa sediada na Flórida que inclui representantes de diversos países parceiros.

Porém, devido à ofensiva com bombardeios contra embarcações suspeitas de ligação com o narcotráfico, esse compartilhamento de informações foi interrompido há pouco mais de um mês, afirmaram as fontes ouvidas pela CNN, que acrescentaram que o Reino Unido concorda com a alegação do alto comissário de direitos humanos da ONU, Volker Türk, de que tais ataques configuram “execuções extrajudiciais”.

O governo britânico e a Casa Branca ainda não se pronunciaram sobre a reportagem da emissora americana.

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