A Polícia Federal encontrou planilhas de propina que detalham pagamentos a servidores e agentes políticos envolvidos no esquema bilionário de fraudes no INSS. Os documentos, apreendidos na Operação Sem Desconto, trazem apelidos como “Italiano” (Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS), “Herói V” (Virgílio Oliveira Filho, ex-procurador federal) e “Herói A” (André Fidelis, ex-diretor de Benefícios). O formato da contabilidade paralela lembra a famosa planilha da Odebrecht da Lava Jato. Segundo a PF, Stefanutto recebia R$ 250 mil mensais e o grupo desviou mais de R$ 640 milhões para empresas de fachada.
Ex-presidente do INSS teria recebido propina para viabilizar fraudes
Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS no governo Lula, foi preso pela PF acusado de receber propina mensal de R$ 250 mil para viabilizar um esquema bilionário de descontos ilegais em aposentadorias e pensões. Segundo a investigação, Stefanutto atuava como “facilitador institucional” do grupo criminoso ligado à Conafer, garantindo aparência de legalidade ao acordo firmado em 2017. A fraude teria movimentado R$ 708 milhões, com pagamentos feitos por empresas de fachada, incluindo uma pizzaria. A operação, chamada Sem Desconto, foi autorizada pelo ministro do STF André Mendonça e revelou que mais de 600 mil pessoas foram vítimas do golpe.
Moraes mira Eduardo Bolsonaro: denúncia por coação à Justiça avança
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, votou pela aceitação da denúncia contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por suposta coação à Justiça. A acusação foi feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta que Eduardo teria atuado nos Estados Unidos para pressionar autoridades brasileiras, inclusive buscando sanções internacionais contra ministros do STF, como forma de interferir em processos judiciais relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Moraes afirmou que o deputado está ciente das acusações e que se encontra no exterior para “se furtar à aplicação da lei penal”. Caso não apresente defesa em 15 dias, Eduardo poderá ser julgado à revelia.
Tagliaferro pede o impeachment de Moraes ao Senado
O ex-assessor do TSE Eduardo Tagliaferro protocolou no Senado um pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes, ministro do STF. O documento foi endereçado ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e se baseia na Lei dos Crimes de Responsabilidade, alegando que Moraes atuou como vítima, acusador e juiz em processos envolvendo Tagliaferro, sem se declarar suspeito. A defesa afirma que Moraes negou recursos que deveriam ser analisados pelo colegiado e manteve decisões monocráticas. Caso o Senado aceite, o processo pode levar ao afastamento e até à perda definitiva do cargo.
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