Suprema Corte dos EUA bloqueia envio de tropas a Chicago, ordenado por Trump

O presidente norte-americano alega que o envio da Guarda Nacional é necessário para combater o crime e proteger agentes de imigração e suas instalações na terceira maior cidade dos EUA

  • Por Jovem Pan
  • 23/12/2025 22h08
EFE/EPA/KIYOSHI OTA / BLOOMBERG POOL Presidente dos EUA, Donald Trump, e a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi (não mostrada na foto), participam da cerimônia de assinatura de um documento sobre a implementação do acordo comercial EUA-Japão Suprema Corte dos EUA impôs revés à ofensiva migratória de Trump, algo incomum desde o retorno do republicano à Casa Branca já que o Tribunal é controlado por conservadores

A Suprema Corte dos Estados Unidos impôs um revés à ofensiva migratória do presidente norte-americano, Donald Trump, nesta terça-feira (23) ao bloquear o envio de tropas da Guarda Nacional ordenado por ele a Chicago. O republicano alega que a medida é necessária para combater o crime e proteger agentes de imigração e suas instalações na terceira maior cidade do país.

O governador de Illinois e a prefeita de Chicago, ambos democratas, se opuseram firmemente ao envio das tropas.

O republicano fez envio de tropas da Guarda Nacional a outras três cidades governadas por democratas neste ano: Los Angeles, Washington e Memphis.

As tentativas em Portland e Chicago foram travadas pela Justiça. Depois que dois tribunais inferiores decidiram contra o envio de tropas a Chicago, o governo Trump apresentou um recurso de urgência à Suprema Corte.

Na petição apresentada ao Tribunal, o procurador-geral John Sauer afirmou que agentes federais em Chicago são “obrigados a operar sob a ameaça constante da violência de manifestantes”. Ele ainda disse que bloqueio do envio “interfere indevidamente na autoridade do presidente e coloca desnecessariamente em risco o pessoal e as propriedades federais”.

A Suprema Corte, controlada por conservadores com seis dos nove magistrados, rejeitou o recurso, algo bastante incomum desde o retorno de Trump à Casa Branca, em janeiro. Os juízes conservadores Samuel Alito, Clarence Thomas e Neil Gorsuch se posicionaram contra a medida.

Cerca de 300 integrantes da Guarda Nacional permanecem na região de Chicago, mas não participam de operações.

*Com informações de AFP

Publicado por Júlia Mano