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O presidente de Taiwan, William Lai. (Foto: Wang Yu Ching/EFE/Gabinete da Presidência de Taiwan)

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O governo de Taiwan colocou suas forças armadas em estado de alerta máximo nesta segunda-feira (29) após o regime comunista da China iniciar exercícios militares de grande escala com fogo real no entorno da ilha, movimento classificado por Taipei como “provocações irracionais” que “deterioram a paz regional”.

De acordo com o Ministério da Defesa de Taiwan, o Exército Popular de Libertação (EPL) da China mobilizou 89 aeronaves, incluindo drones, e 28 embarcações militares e da guarda costeira nas proximidades da ilha em um único dia - o maior número de incursões registrado desde outubro do ano passado. As autoridades da ilha democrática afirmam que as manobras dos comunistas chineses levaram à ativação imediata de uma força de resposta rápida e ao deslocamento de forças militares em regime de prontidão.

Segundo o The Wall Street Journal, os exercícios chineses foram descritos por Pequim como uma “advertência severa” contra “interferências externas”, em referência direta à recente aprovação, pelo governo dos Estados Unidos, de um dos maiores pacotes de venda de armas para Taiwan. O pacote americano ultrapassa US$ 11 bilhões e foi autorizado neste mês pelo governo do presidente Donald Trump.

O regime comunista afirma que as manobras em curso incluem operações de bloqueio marítimo, controle aéreo, ataques simulados contra alvos terrestres e navais, além de exercícios antissubmarino. Pequim afirmou, em comunicado divulgado nas redes sociais chinesas, que o objetivo é “lançar uma séria advertência às forças separatistas de Taiwan e às forças de interferência externa”.

O Ministério da Defesa de Taiwan rebateu a narrativa chinesa em mensagem publicada na rede social X, afirmando que defender a democracia e a liberdade da ilha “não é uma provocação” e que a segurança do país “não pode se basear em ilusões”. Em vídeo institucional, a pasta declarou que Taiwan “escolheu estar preparado para se defender” e que a ilha “é um pilar vital da paz e da segurança regionais”.

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