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O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (PSD) reafirmou seu apoio à pré-candidatura do governador mineiro, Romeu Zema (Novo) à Presidência da República em 2026. A declaração mantém o posicionamento de Simões mesmo após o anúncio do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como o nome que substituirá o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa ao Planalto.
"Flávio Bolsonaro não terá em mim um adversário jamais. Mas, obviamente, não vou fazer campanha para ele, vou fazer campanha para Zema", declarou Simões, em entrevista ao jornal Estado de São Paulo divulgada nesta segunda-feira (15).
A declaração gerou reações: o jornalista Kim Paim utilizou a fala de Simões para provocar o advogado Jeffrey Chiquini, pré-candidato ao Senado pelo Novo do Paraná. "Cadê os deputados mineiros? Em especial aqueles que participaram desse arranjo", questionou. Em resposta, Chiquini disse que tem lutado pela união da direita, e que "apoiar boas ações não é fraqueza, é sinal de maturidade."
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Zema irá ao primeiro turno, mas pode apoiar Flávio no segundo
Zema já sinalizou que pode apoiar Flávio no segundo turno: "Quando anunciei minha pré-candidatura ao presidente Bolsonaro ele foi claro: múltiplas candidaturas no primeiro turno ajudam a somar forças no segundo. Então, faz todo sentido o Flávio apresentar seu nome à Presidência."
A disputa pelo Senado em Minas ainda não tem um nome do partido Novo. Os nomes atualmente cotados incluem o senador Carlos Viana (Podemos-MG), o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Nas pesquisas pelo governo de Minas, dois nomes da direita se destacam no levantamento espontâneo: o do senador Cleitinho (Republicanos-MG) e o do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
Simões ainda fez referência ao senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG): "Lula falou do candidato que já disse que não é candidato. O governo de Minas não é prêmio de consolação para quem perde a indicação ao Supremo Tribunal Federal." Pacheco era o nome do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para a vaga no STF. O presidente Lula (PT), no entanto, indicou o advogado-geral da União, Jorge Messias.
Flávio Bolsonaro ainda não definiu um vice para sua chapa à Presidência da República.