Quatro senadores aliados a Jair Bolsonaro (PL) fizeram uma visita técnica ao Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde o ex-presidente pode cumprir pena. Os parlamentares — Damares Alves (Republicanos-DF), Izalci (PL-DF), Márcio Bittar (PL-AC) e Eduardo Girão (Novo-CE) — examinaram a estrutura, especialmente os cuidados médicos no presídio, por causa de preocupações com a saúde de Bolsonaro. Eles relataram cenas tristes em alas para idosos e disseram que fariam um relatório com suas impressões. A comitiva afirmou ainda que a negativa de acesso às celas previstas para Bolsonaro é “parte de uma perseguição política”.

Mendonça faz alerta sobre "estado de insegurança jurídica"

O ministro do STF André Mendonça afirmou que o Brasil vive “um estado de insegurança jurídica”, dizendo que o fato de precisarmos falar sobre segurança jurídica já revela esse problema. Ele criticou o que chama de “ativismo judicial”, citando como exemplo o julgamento do Marco Civil da Internet, onde, segundo ele, foram criadas restrições que antes não existiam. Mendonça também falou sobre corrupção, destacando que, apesar das prisões recentes que decretou, não tem “satisfação” em prender, mas se compromete a “apurar os ilícitos” com responsabilidade e sem perseguir ninguém. Ele ainda relatou uma experiência pessoal em uma comunidade no Rio de Janeiro, onde a presença de traficantes impedia o trabalho social: “me foi dito … ‘o senhor só pode ir se nós dialogarmos com o tráfico’”.

Médica venezuelana condenada à 30 anos por criticar Maduro em áudio no WhatsApp

A médica venezuelana Marggie Orozco, de 65 anos, foi condenada a 30 anos de prisão após enviar um áudio pelo WhatsApp no qual criticava o regime de Nicolás Maduro e convocava pessoas a votarem nas eleições presidenciais de 28 de julho de 2024. 

O tribunal local a acusou de “traição à pátria”, “incitação ao ódio” e “conspiração”. ONGs denunciantes afirmam que o processo teve graves violações ao direito à liberdade de expressão. A acusação partiu de um membro de comitê comunitário vinculado ao chavismo (CLAP). Além disso, Orozco sofre de problemas de saúde: teve um infarto enquanto estava presa e convive com depressão crônica. Segundo organizações de direitos humanos, a Venezuela mantém centenas de presos por motivos políticos.

Possibilidade de intervenção militar aumenta enquanto Maduro pede conversa direta EUA

Nos últimos dias, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que não descarta a possibilidade de enviar tropas americanas para a Venezuela, mantendo a opção militar aberta diante das crescentes tensões na região. Ele também sinalizou disposição para dialogar diretamente com o líder venezuelano Nicolás Maduro, dizendo que “provavelmente falaria com ele”.

Por outro lado, Maduro respondeu a essa escalada defendendo a diplomacia. Ele declarou estar pronto para conversar “cara a cara” com Trump, desde que haja respeito à soberania da Venezuela. No entanto, o ditador venezuelano advertiu que um eventual ataque militar por parte dos EUA poderia significar o “fim político” de Trump.

O Sem Rodeios vai ao ar às 13h30 no canal do YouTube da Gazeta do Povo.