Caminhoneiros anunciam paralisação nacional a partir de quinta-feira

Greve tem como pauta melhorias nas condições de trabalho dos profissionais e a concessão de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro

  • Por Nátaly Tenório
  • 03/12/2025 16h41
Geoff Robins / AFP Fila de caminhões interrompe passagem "Ambassador", na fronteira entre Canadá e Estados Unidos Em 2018, uma paralisação da categoria durou 10 dias e provocou falta de combustíveis e alimentos em diversas regiões do país

O desembargador aposentado Sebastião Coelho e Chicão Caminhoneiro, que representa a União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC), anunciaram nesta terça-feira (2) que a categoria fará uma paralisação nacional. Segundo vídeo divulgado nas redes sociais, a mobilização começará na quinta-feira (4).

Os líderes afirmam que pretendem ingressar com uma ação para respaldar juridicamente o movimento. A greve tem como pauta melhorias nas condições de trabalho dos caminhoneiros e a concessão de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos investigados pelos atos de 8 de Janeiro. Coelho, aliado de Bolsonaro, já havia chamado apoiadores na semana anterior para um ato em defesa da anistia ao ex-presidente, que segue preso na sede da Polícia Federal. Em 2018, uma paralisação da categoria durou 10 dias e provocou falta de combustíveis e alimentos em diversas regiões do país.

Entre as reivindicações apresentadas estão a estabilidade nos contratos, o cumprimento das normas em vigor, ajustes no Marco Regulatório do Transporte de Cargas e a criação de aposentadoria especial após 25 anos de atividade comprovada.

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Em sua página no Instagram, o desembargador aposentado caracterizou a paralisação como “o caminho que restou” e declarou o objetivo principal do movimento. “Nós já fizemos tudo o que estava ao nosso alcance até aqui, sem qualquer resultado. E qual é o objetivo? A anistia. Anistia ampla, geral e irrestrita para todos do 8 de Janeiro e para o presidente Bolsonaro, que representa todos. Qual é o destinatário dessa paralisação? O Congresso Nacional, que está de costas para o povo brasileiro”, afirmou.

 
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