
Especialistas do banco suíço UBS alertam que o próximo presidente precisará aplicar uma "terapia de choque" a partir de 2027 para evitar um colapso das contas públicas. O motivo é a trajetória insustentável da dívida, que deve ultrapassar 83% do PIB (Produto Interno Bruto) já em 2026.
Por que a situação é considerada tão crítica?
A dívida pública do Brasil está em uma trajetória explosiva. Atualmente em 78,6% do PIB (tudo o que o país produz), pode chegar a 83,8% em 2026 e ultrapassar 100% logo depois. A estratégia de fazer ajustes lentos e graduais se esgotou e não gera mais confiança, mantendo os juros altos e travando o crescimento.
O que seria a "terapia de choque" para as contas públicas?
Seria um conjunto de reformas duras e rápidas para reequilibrar o orçamento. As principais medidas incluem uma nova reforma da Previdência, mudar a regra de reajuste do salário mínimo (que hoje aumenta gastos automaticamente), desvincular as despesas de saúde e educação da arrecadação e avançar com a reforma administrativa para cortar privilégios e ineficiências no setor público.
Qual o principal entrave para controlar os gastos do governo?
O maior problema é o crescimento automático das despesas obrigatórias. A maior parte das aposentadorias e benefícios é corrigida pelo salário mínimo, que por sua vez tem aumento real garantido. Com o rápido envelhecimento da população, esse mecanismo se torna uma "bomba-relógio" para as contas públicas, consumindo quase todo o orçamento e anulando economias de reformas anteriores.
O que acontece se nada for feito?
A inação levaria a uma crise de confiança, com o dólar disparando. Isso aumentaria a inflação, forçando o Banco Central a manter os juros em patamares elevados. O resultado seria um freio brusco na atividade econômica e o risco de um colapso financeiro, pois o Brasil não tem a mesma margem de endividamento que países desenvolvidos como Estados Unidos ou Japão.
Como esse cenário afeta os investimentos?
O cenário divide 2026 em duas fases. O primeiro semestre canbe positivo para os investimentos, com juros caindo e a bolsa atraente. Contudo, a incerteza com as eleições dominará a segunda metade do ano. A sustentabilidade de qualquer otimismo do mercado dependerá da apresentação de um plano fiscal crível e robusto pelo candidato que vencer a eleição, o que pode destravar ou travar o capital no país.
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