Centrão avalia que anistia ou dosimetria não avançam e recomenda foco em eleições
Projeto poderia ser saída para diminuição da pena de Bolsonaro
Líderes de partidos centro na Câmara dos Deputados e no Senado avaliam que o projeto de anistia a presos e condenados por tentativa de golpe de Estado, ou a versão da proposta que sugere a diminuição das penas, não devem avançar nas Casas, mesmo sob pressão da oposição. Lideranças do Centrão recomendaram a aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro que eles foquem nas eleições de 2026, com o objetivo de eleger um novo presidente capaz de dar perdão ou indulto aos condenados pelo Supremo Tribunal Federal.
O relator de uma possível proposta de dosimetria, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), tenta avançar com a matéria há mais de dois meses. Além da resistência do governo, a matéria sofre rejeição de parlamentares de centro, principalmente aqueles que pretendem manter uma relação pacificada com os ministros do STF.
Para líderes de centro, o fato de Bolsonaro ter violado a tornozeleira também prejudica o discurso de vítima do ex-presidente.
O STF decidiu, nesta segunda-feira, manter a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, detido no sábado após suspeitas de tentativa de fuga e violação da tornozeleira eletrônica.
Deputados e senadores do PL também querem insistir no discurso de que apenas a anistia ampla e geral atenderia a demanda da oposição. Para líderes próximos a Hugo Motta, o tema está “confuso”, com negociações que parecem longe de chegarem a um consenso.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

