China acusa EUA de desestabilizar cadeias de suprimentos com ‘imposição arbitrária de tarifas’

Os comentários acontecem na esteira da adoção, pelos EUA, de tarifas adicionais sobre semicondutores da China

  • 24/12/2025 14h22 - Atualizado em 24/12/2025 14h22
Andres Martinez Casares e Saul Loeb/AFP Xi Jinping e Donald Trump (COMBO) Esta combinação de imagens, criada em 9 de abril de 2025, mostra, da esquerda para a direita, o presidente chinês Xi Jinping em Pequim, em 6 de fevereiro de 2025, e o presidente americano Donald Trump em Washington, D.C., em 8 de abril de 2025. A China anunciou na quarta-feira tarifas retaliatórias massivas sobre produtos americanos, intensificando drasticamente a guerra comercial iniciada pelo presidente Donald Trump e alimentando o pânico nos mercados globais. A mais recente série de tarifas de Trump entrou em vigor na quarta-feira para dezenas de parceiros comerciais, incluindo tarifas punitivas de 104% sobre as importações de produtos chineses. (Foto de Andres MARTINEZ CASARES e SAUL LOEB / diversas fontes / AFP)

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou durante coletiva de imprensa que o país se opõe firmemente à “imposição arbitrária de tarifas” pelos Estados Unidos e à “supressão injusta das indústrias chinesas”. Segundo ele, as ações dos EUA desestabilizam as cadeias de suprimentos globais, dificultam o desenvolvimento da indústria de semicondutores em vários países e prejudicam tanto a si mesmos quanto aos outros.

Os comentários acontecem na esteira da adoção, pelos EUA, de tarifas adicionais sobre semicondutores da China, a princípio com alíquota de 0% e que deverá ser elevada em junho de 2027.

Lin Jian disse que o Ministério solicitou aos EUA a corrigir a decisão o mais rápido possível, guiado pelo consenso alcançado pelos chefes de Estado dos dois países. Ele afirmou que se os EUA persistirem em suas ações unilaterais, a China tomará medidas correspondentes de forma resoluta para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos.