crime passional
Universitária perseguiu, atropelou e matou namorado que dava carona a uma amiga em moto. (Foto: Imagem criada utilizando Grok/Gazeta do Povo)

Começo com um assunto que não é político, é um assunto humano ou policial. É o caso dessa estudante de Veterinária de 21 anos, Geovanna Proque da Silva; ela pegou o carro, seguiu o namorado Raphael, também de 21 anos, que saiu de moto e deu carona para uma amiga, chamada Joyce, de 19 anos. Geovanna foi atrás deles no carro, atropelou e matou os dois. Estudante universitária, 21 anos, vejam o tamanho do ódio, do ciúme, ou da raiva. É muita burrice achar que se resolve alguma coisa com violência.

Pena que não existe prisão perpétua no Brasil. Um caso desse poderia até ser para pena de morte, mas a pena de morte não é exatamente uma punição: a pessoa simplesmente desaparece. Na prisão perpétua ela tem a vida toda na cadeia para pensar no que fez.

Sem fiscalização, decisão que manda agressor ficar longe de mulher não serve para nada

Ainda sobre violência, eu falava com uma jornalista, vítima de agressões machistas, e ela me dizia que não adiantam nada essas decisões que proíbem agressores de chegar perto da mulher, 100 metros, 500 metros, 1 quilômetro o que for. Era preciso botar tornozeleira para avisar se o sujeito estava se aproximando da vítima. E ela se queixou muito desses conselhos que parecem servir só para dar cargo aos outros.

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Aí dizem “vamos conter as armas de fogo”. Eu sempre repito: não são as armas. As armas sozinhas não matam, o carro parado não mata. Um violento ou violenta na direção, esses matam. É o cérebro que dá a ordem para matar.

Trump aperta o cerco contra a Venezuela

Donald Trump atacou um objetivo em território venezuelano. Ele próprio anunciou, depois de ter sido questionado. Os norte-americanos explodiram um porto de embarque de drogas para os Estados Unidos, na costa da Venezuela. O governo do ditador Nicolás Maduro não disse nada.

O vergonhoso é que todos sabem que nosso presidente teria poder moral para conversar com Maduro. Mas o Brasil se encolheu quando o mundo inteiro viu a eleição fraudada na cara de todos. Imaginem se o presidente Lula estendesse a mão para María Corina Machado, por exemplo. Seria um gesto de democracia. É María Corina, e não Maduro, que está do lado da democracia. Quem está com María Corina é um democrata; quem está com Maduro é um autoritário que não gosta de democracia e, quando a defende, é um hipócrita.

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OAB dá sinal de vida, mas continua omissa diante dos abusos

Neste ano a Constituição foi desprezada pelos seus guardiões constitucionais. E agora o presidente nacional da OAB, Beto Simonetti, comunicou ao Conselho Nacional de Justiça que, como o Judiciário está em recesso de 20 de dezembro a 20 de janeiro, seria conveniente que os prazos fossem suspensos, a menos que se trate de questões urgentes. Descobrimos que a OAB estava viva! Melhor dizendo, estava moribunda, só conseguiu balbuciar isso aí. É o que me dizem os advogados, que só sabem que existe a OAB na hora de pagar. É triste, mas a história há de registrar no futuro essa omissão.

Tornozeleira de ex-diretor da PRF estava em rodoviária no Paraguai

Apareceu mais uma pista do trajeto do ex-diretor da PRF Silvinei Vasques. A polícia paraguaia achou na rodoviária de Ciudad del Este – não sei se foi no lixo ou em outro lugar – a tornozeleira eletrônica que ele arrancou. Ele podia ter jogado pela janela do carro, mas achou que era melhor se desfazer dela no Paraguai para não deixar nenhum rastro. E a polícia achou.

Imagino que ele tenha devolvido o carro em Foz do Iguaçu, deixou com alguém o cachorro pitbull que era o seu único companheiro – ele não tem mulher, nem filho, nem pais –, atravessou a ponte e pegou um ônibus para ir a Assunção, na tentativa de embarcar para El Salvador. Constataram que o passaporte era de alguém parecido com ele, mas não era ele, conferiram com a digital, não bateu e ele foi preso. Agora, Vasques está em um batalhão da PM, anexo ao presídio da Papuda.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos