O procurador-geral da República, Paulo Gonet, após sabatina tensa de mais de seis horas com discussões com a oposição, teve a recondução ao cargo aprovada por 17 votos a 10 contrários na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Ele foi indicado por Lula para ocupar o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR) para mais um mandato de dois anos.

Mas a sabatina colecionou momentos tensos. “É tudo combinado, todo mundo já sabe do resultado muito antes do processo começar. Não pelo que está nos autos, mas por quem vai julgar. O senhor Paulo Gonet diz que só fala nos autos, o que é mentira. Não só fala fora dos autos, como atropela o Congresso Nacional”, disparou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Já o colega de Gonet, ministro Alexandre Moraes, também foi confrontado, mas na Ação Penal 2696, que julga os atos atribuídos ao grupo dos "kids pretos". A PGR e a Polícia Federal teriam levantado acusações com base em supostas conversas de um celular apreendido, mas que não consta nos autos do processo.

Este será o ponto de partida do programa Última Análise desta quarta-feira (12). Participam do programa de hoje o escritor Francisco Escorsim, o ex-procurador Deltan Dallagnol e o jurista André Marsiglia.

Baderna completa vexames no COP 30

O programa também irá analisar a confusão, iniciada por manifestantes de esquerda, em uma área restrita da Cúpula do Clima da ONU (COP 30) na noite desta terça-feira (11). O episódio ganhou ampla repercussão em jornais no exterior, no segundo dia do evento.

Ativistas indígenas e integrantes do Coletivo Juntos, ligado ao PSOL, entraram em confronto com seguranças na chamada Zona Azul, numa tentativa de invasão do local. Portas de entrada foram quebradas e os manifestantes foram contidos. Em nota, a ONU disse que investiga o caso e dois seguranças ficaram feridos.