Decisão de Trump retira tarifa de 10% de alimentos, mas Brasil ainda é taxado em 40%, diz governo

Desde agosto, a importação de produtos do Brasil pelos Estados Unidos era alvo de uma sobretaxa de 50%

  • Por Sarah Américo
  • 14/11/2025 21h26
ALF RIBEIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 26/04/2024 Banca com alhos e cebolas em um supermercado da cidade de Marília Governo brasileiro informou na noite desta sexta-feira (14) que a redução das tarifas sobre os produtos agrícolas brasileiros são de 10%

O governo brasileiro informou na noite desta sexta-feira (14) que a redução das tarifas sobre os produtos agrícolas brasileiros são de 10%, e as sobretaxa de 40%, que começou a vigorar em agosto, continuam. A explicação vem após Donald Trump assinar um decreto nesta sexta suspendendo as tarifas sobre os produtos agrícolas. “Determinei que certos produtos agrícolas não estarão sujeitos à tarifa recíproca imposta pelo Decreto Executivo 14257, conforme alterado”, diz o decreto de Donald Trump. Contudo, o texto não explicava de quanto seria a redução.

“As modificações entrarão em vigor para mercadorias importadas para consumo ou retiradas de armazém para consumo a partir das 00h01 (horário padrão do leste dos EUA) do dia 13 de novembro de 2025”, acrescenta o documento. Com o decreto, a tendência é que os preços dos produtos brasileiros nos EUA diminuam.

cta_logo_jp
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

Após o anúncio de Trump, havia dúvidas sobre o decreto, se se referia a suspensão total das tarifas ou se era parcial. Dentre os produtos que passa a ter redução de 10% nas tarifas estão:

  • Carne bovina;
  • frutas frescas (como açaí, abacaxi, banana, coco, mamão, laranja, manga);
  • brotos de bambu;
  • castanha do Pará;
  • castanha de caju
  • café torrado e não torrado;
  • chá verde;
  • chá preto;
  • coco;
  • cemperos (como páprica, pimenta e canela)

Desde agosto, a importação de produtos do Brasil pelos Estados Unidos é alvo de uma sobretaxa de 50%, percentual que foi determinado a partir de duas ordens de Donald Trump: uma em abril, quando o Brasil passou a ter uma sobretaxa de 10%, e outra que começou a valer em agosto, totalizando o “tarifaço” em 50%.