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A defesa de Jair Bolsonaro (PL) pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que o ex-presidente seja internado nesta quarta-feira (24), véspera de Natal, no hospital DF Star, em Brasília. O pedido ocorre ao mesmo tempo em que, por meio de bilhete escrito à mão, Bolsonaro cancelou sua entrevista ao portal Metrópoles por "motivos de saúde".
A internação ocorreria, de acordo com a defesa, "a fim de que possa ser submetido aos exames necessários e preparatórios ao procedimento cirúrgico." A cirurgia seria realizada nesta quinta-feira (25). O pedido ainda coloca a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e os filhos Carlos e Flávio Bolsonaro como acompanhantes.
Moraes autorizou, na última sexta-feira (19), a realização da cirurgia, após um laudo da Polícia Federal. Na mesma decisão, o ministro negou a prisão domiciliar ao ex-presidente, alegando que ele "mantém plenas condições de tratamento de saúde na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, onde cumpre pena, em condições absolutamente similares àquelas que possuía no cumprimento da prisão domiciliar em seu endereço residencial, com prévia e genérica autorização judicial para acesso integral de todos os seus médicos, independentemente de dia ou horário."
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Bolsonaro possui hérnia inguinal e pediu cirurgia com urgência
Bolsonaro pediu a cirurgia em razão de uma hérnia na região do abdômen. O laudo ainda aponta crises de soluço. O ex-presidente ainda possui problemas cardiovasculares, razão pela qual possui autorização para consulta com cardiologista. Ele também passa por fisioterapia semanal, a fim de evitar complicações decorrentes do quadro.
O ex-presidente está em prisão domiciliar desde agosto de 2025 e há um ano preso em regime fechado na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Ele deve cumprir 27 anos e três meses de prisão, progredindo para o regime semiaberto quando cumprir seis anos. Com a aprovação do projeto de lei da dosimetria, a pena pode cair para dois anos e quatro meses. O presidente Lula (PT), porém, já avisou que irá vetar o texto. Com isso, caberá ao Congresso derrubar ou manter o veto.