Em defesa do Congresso, Medeiros ataca governo: ‘Inimigo do povo’
Aliado de Bolsonaro, José Medeiros culpa Executivo por alta de impostos e defende presidente da Câmara, Hugo Mota, chamando-o de “refém” do Centrão
Em entrevista à jovem pan nesta sexta-feira (19), o deputado federal José Medeiros (PL-MT) rejeitou a tese de que o Congresso Nacional seja “inimigo do povo” e redirecionou a crítica ao governo Luiz Inácio Lula da Silva. Para o parlamentar, as políticas do Executivo é que seriam hostis aos brasileiros.
“Eles colocam que o Congresso é inimigo do povo. Inimigo do povo é esse governo que está com a taxa de imposto aí na estratosfera e está com esse consórcio aqui que virou uma ditadura”, disse Medeiros.
Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Medeiros também saiu em defesa do presidente da Câmara, Hugo Mota (Republicanos-PB), alvo de protestos de militantes de esquerda no último domingo. O deputado atribui as críticas a Mota a uma disputa interna por poder.
“E o Hugo Mota, ele é só refém. Ele é refém do próprio grupo dele, do Centrão. Que estão de olho na vaga dele e aí começam a falar que ele é um líder fraco, que ele é um presidente fraco”, afirmou. “Eu não vi diferença nenhuma do Hugo Mota para outros que estavam ali. Aliás, vi ele com muito mais coragem, porque ele, pelo menos, teve coragem aí de fazer alguns enfrentamentos que eu não sei se outros fariam. Mas o que acontece? O governo bate nele.”
Defensor de propostas de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Medeiros avalia que o Palácio do Planalto montou uma estratégia de comunicação para culpar o Legislativo pelos seus insucessos.
“É uma estratégia ali da Casa Civil para taxar o Congresso inimigo do povo para dizer que o Lula é vítima. E aí, galera do PT ali, os grupos adestrados, vão para as ruas para dizer que estão lutando pela democracia”, declarou. “Tudo é narrativa. Nada ali é o que se pensa que é, porque quando se trata do Lula tudo tem uma estratégia, tudo é totalmente milimetricamente calculado. Isso aí é tudo pano de fundo e cortina de fumaça para esconder”, concluiu o deputado.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.