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A hipocrisia da esquerda brasileira voltou a se escancarar nos atos recentes contra o chamado PL da Dosimetria. Em algumas cidades do país, militantes e artistas progressistas que se dizem defensores da democracia foram às ruas não para debater ideias, mas para mostrar que são exatamente aquilo que acusam seus opositores de ser.
Em Belo Horizonte, o roteiro foi o de sempre. Durante uma dessas manifestações, uma militante esquerdista foi presa após pichar uma estátua na Praça da Estação, um dos espaços mais simbólicos da capital mineira.
O ato, claramente ilegal, configura dano ao patrimônio público. Ainda assim, o episódio foi completamente ignorado pelos mesmos que defendem a arbitrariedade da Suprema Corte brasileira, que condenou Débora, a cabeleireira que manchou a estátua do STF com batom, a 14 anos de prisão.
As perguntas que ficam são as de sempre: o mesmo ato deixa de ser vandalismo quando o autor é de esquerda?
Pichar estátua só é crime dependendo da ideologia de quem segura a tinta? O patrimônio público vale menos quando a depredação vem travestida de “ato político progressista”?
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Já citei anteriormente que absolutamente todas as narrativas que os lulistas utilizam para falar em tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado são facilmente rebatidas por atos semelhantes, inclusive mais graves, que eles próprios cometeram nos últimos anos. Mas, claro, para eles tudo isso era válido, pois eram os autores.
Como bem dizem, não existe petista grátis. Em meio ao ato da esquerda no Rio de Janeiro estava Cissa Guimarães, que gritou contra a anistia aos manifestantes do 8 de janeiro e pediu a saída de Hugo Motta da presidência da Câmara.
Motivos para isso ela tinha milhares, literalmente. Cissa foi contratada pela EBC, estatal federal que administra a TV Brasil, e teve seu salário reajustado este ano de R$ 70 mil para R$ 100 mil mensais.
Considerando que vândalos e artistas com cargos no governo Lula querem te convencer de que eles são os certos e você é o errado, não é muito difícil escolher um lado. Se tudo é democracia quando convém, então nada mais é democracia de verdade.
O Estado de Direito só existe, de fato, quando a lei vale para todos com o mesmo peso e a mesma proporcionalidade — e é isso que deve ser defendido.
