PF aponta que Alessandro Stefanutto teria recebido propina, inclusive por meio de uma pizzaria, para viabilizar esquema. (Foto: Lula Marques/Agência Brasil.)

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O ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto foi preso pela Polícia Federal, acusado de receber até R$ 250 mil de propina por mês. A investigação aponta que ele facilitava um esquema de descontos ilegais em aposentadorias.

Como o esquema de corrupção funcionava?

Stefanutto é apontado como um "facilitador institucional" que, desde 2017, dava aparência de legalidade a um esquema de descontos ilegais em benefícios de mais de 600 mil aposentados e pensionistas. A fraude, operada pela Confederação Nacional de Agricultores Familiares (Conafer), teria gerado uma receita ilícita de R$ 708 milhões, com R$ 640,9 milhões desviados para empresas de fachada e operadores financeiros, incluindo uma pizzaria.

O que era a "planilha da propina"?

A Polícia Federal encontrou planilhas detalhando pagamentos a políticos e diretores do INSS, em um formato que lembra o do caso Odebrecht. Nelas, os envolvidos eram identificados por apelidos. Alessandro Stefanutto era o "Italiano", o ex-diretor André Fidelis era o "Herói A" e o deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) era o "Herói E". As investigações confirmaram que os valores e as datas batiam com transferências bancárias reais.

Há outros políticos e ex-gestores envolvidos?

Sim. O deputado Euclydes Pettersen teria recebido R$ 14,7 milhões para "blindar" a Conafer. Além dele, o ex-ministro da Previdência do governo Bolsonaro, José Carlos Oliveira (hoje Ahmed Mohamad Oliveira), também foi alvo de busca e apreensão. Ele é considerado peça estratégica para o funcionamento e a blindagem do esquema, por ter ocupado altos cargos na área previdenciária.

Qual era o papel da Conafer no esquema?

A Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer) era a entidade que realizava os descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas. A propina paga aos gestores do INSS era, segundo a PF, essencial para manter a fraude em operação, que vitimou mais de 600 mil pessoas e gerou milhares de reclamações judiciais e administrativas.

O que diz a defesa dos acusados?

A defesa de Alessandro Stefanutto afirma que a prisão é "completamente ilegal" e que ele sempre colaborou com as investigações. Já o deputado Euclydes Pettersen nega ter qualquer vínculo ilícito com o INSS ou a Conafer. A Conafer, por sua vez, expressou "grande preocupação", defendeu a presunção de inocência e classificou a exposição pública do caso como uma "cortina de fumaça".

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Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema consulte a reportagem a seguir.

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