
Ouça este conteúdo
Reportagem de John Lucas na Gazeta do Povo resume bem a importante notícia desta quinta: Governo Trump lança operação para eliminar narcotráfico na América Latina. A questão das drogas virou tema central para o governo Trump, pois centenas de milhares de jovens dos Estados Unidos têm tido suas vidas destruídas. A resposta foi declarar guerra aos traficantes do continente:
Whatsapp: entre no grupo e receba as colunas de Rodrigo Constantino
O secretário da Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciou nesta quinta-feira (13) a chamada Operação Southern Spear (Lança do Sul), uma ofensiva militar lançada sob ordem do presidente Donald Trump para combater o narcotráfico e o terrorismo transnacional na América Latina.
Segundo Hegseth, a missão, que será conduzida pelo Comando Sul dos EUA (Southcom), tem como objetivo “defender o território americano, eliminar narcoterroristas do nosso hemisfério e proteger nossa pátria das drogas que estão matando nosso povo”. O secretário, no entanto, não detalhou como as ofensivas militares serão executadas nem quais países estarão diretamente envolvidos nas operações.
A operação marca uma ampliação das ações militares dos Estados Unidos na região, onde os americanos já mobilizam cerca de 12 mil marinheiros e fuzileiros navais e quase uma dúzia de navios de guerra, incluindo o gigante porta-aviões USS Gerald R. Ford, o mais importante dos EUA, que chegou recentemente ao Caribe para reforçar as operações.
Segundo a Associated Press, a campanha militar dos EUA em curso na América Latina já resultou em pelo menos 19 ataques contra embarcações ligadas ao tráfico de drogas, que deixaram ao menos 76 mortos.
Alguns países estão conseguindo abandonar o socialismo democraticamente, como Argentina e Bolívia, mas o caso venezuelano é bem mais complicado, pois já virou um narcoestado
Isso, pelo visto, é só o começo. “O Hemisfério Ocidental é a vizinhança da América - e nós o protegeremos”, afirmou o secretário Hegseth durante seu anúncio no X. Nicolás Maduro está com seus dias contados, pelo visto. A gestão Trump compreendeu que o Foro de SP vinha espalhando narcoestados pela região, e que a aliança nefasta entre comunismo e tráfico de drogas representa enorme ameaça ao continente.
O Congresso dos Estados Unidos deu uma espécie de carta branca para Trump, que tem tido ampla margem de manobra para ataques cirúrgicos. Mas uma operação militar maior contra o regime de Maduro não está descartada.
No início de outubro, Hegseth anunciou que o Pentágono formou uma nova força-tarefa conjunta antinarcóticos, a fim de “esmagar” os cartéis de drogas no Mar do Caribe. A administração Trump construiu uma presença militar massiva na área, enviando navios de guerra, aviões de combate F-35, aviões espiões e outros meios militares, à medida que aumenta a pressão contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro, a quem caracterizam como um “líder ilegítimo”.
Os EUA adicionaram mais poder de fogo na região esta semana com a chegada do USS Gerald R. Ford, o maior porta-aviões do mundo, e seu grupo de ataque ao Southcom na terça-feira. O porta-aviões, que tem mais de 4.000 marinheiros, transporta aviões de combate F/A-18 Super Hornets e mísseis Tomahawk de longo alcance. Os americanos não estão de brincadeira...
O Ministério da Defesa da Venezuela disse esta semana que cerca de 200.000 soldados foram mobilizados para um exercício de dois dias para se preparar para a ameaça representada pelos militares dos EUA. Entretanto, Maduro adotou um tom desafiador num discurso televisivo na quarta-feira, no qual acusou os EUA de inventarem “uma narrativa bizarra” e a chegada do USS Gerald R Ford à região aumentará as especulações sobre se os EUA tentarão forçar uma mudança de regime.
Todos os latino-americanos que prezam a liberdade esperam que sim, e não aguentam mais de tanta ansiedade. Finalmente os Estados Unidos estão priorizando o sul, e isso pode significar mudanças importantes na região. Alguns países estão conseguindo abandonar o socialismo democraticamente, como Argentina e Bolívia, mas o caso venezuelano é bem mais complicado, pois já virou um narcoestado. Sem a ajuda externa dos militares americanos não haveria esperança para os venezuelanos...
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos
