
Ouça este conteúdo
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Polícia Militar deflagraram, na manhã desta sexta-feira (14), a Operação Prisma, que prendeu 23 integrantes do PCC e cumpriu mandados de busca na região de Franca, interior de São Paulo, e municípios vizinhos. O alvo foi uma estrutura criminosa considerada estável, hierarquizada e voltada ao tráfico de drogas, crimes patrimoniais e imposição da “disciplina do comando”.
Segundo o relatório da operação, reproduzido pelo MP-SP em seu site, 34 mandados de prisão foram expedidos, dos quais 23 foram cumpridos. Outros oito investigados seguem foragidos.
VEJA TAMBÉM:
As buscas resultaram na apreensão de 79 celulares, seis balanças de precisão, três pen drives, um notebook, cadernos de anotações, drogas (maconha, cocaína e crack) e uma arma calibre .357 com seis munições, além de um veículo furtado.
A operação mobilizou 189 policiais militares, 62 viaturas, equipes do BAEP, Força Tática e policiamento territorial, além do uso de cinco drones e um helicóptero, garantindo vigilância aérea durante o cumprimento das ordens judiciais.
A investigação identificou dezenas de integrantes do PCC distribuídos em funções específicas, como logística, cobrança, difusão ideológica e atuação em “tribunais do crime”.
A análise de grande volume de mensagens e dados extraídos de aparelhos celulares embasou a decisão judicial que autorizou prisões e buscas em cidades como Franca, Cristais Paulista, Jeriquara, Altinópolis, Cravinhos, Matão, Ribeirão Preto, Ituverava, São Carlos, Patrocínio Paulista, Miguelópolis, Delfinópolis (MG) e Uberlândia (MG).
A Justiça destacou a periculosidade dos investigados, a gravidade dos crimes e o risco de fuga, autorizando inclusive o acesso aos dados armazenados nos celulares apreendidos para aprofundar as investigações.
.