Juliana Leite - 08/12/2025 09h59

A direita brasileira precisa, antes de tudo, aprender a olhar para si mesma com a mesma severidade com que olha seus adversários. Não é hora de vaidades, de projetos pessoais travestidos de destino histórico, nem de egos inflados que confundem ambição com missão.

Temos algo raro na política nacional: lideranças que governam de verdade. Zema em Minas, Tarcísio em São Paulo, Ratinho no Paraná — gestores que produzem resultados, que entendem o peso da máquina pública e não brincam de poder.

Uma chapa forte não nasce do narcisismo, nasce do alinhamento. Flávio como presidente, Tarcísio como vice, Zema e Ratinho como ministros — ou um deles como vice, não importa a combinação, importa a coesão. O país não precisa de salvadores solitários, precisa de adultos na sala, gente que saiba dividir poder, pensar a longo prazo e sustentar decisões difíceis sem entrar em colapso moral ao primeiro ataque.

A direita só perde quando prefere disputar espelhos em vez de disputar o futuro. Este não é um tempo para medir quem fala mais alto, mas quem aguenta mais firme.

Unidos, somos maioria; fragmentados, somos apenas mais um espetáculo de vaidades tropicais. Força, agora, é maturidade. E maturidade, na política, é saber que ninguém governa sozinho.

Juliana Moreira Leite é jornalista especialista em cultura, escritora e curiosa. Nesse espaço vai falar sobre assuntos da atualidades sob a sua visão.

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