Ouça este conteúdo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta quarta-feira (19) a atuação da primeira-dama Janja na COP 30. Ele destacou que Janja não estava no evento por ser sua mulher, mas porque “tinha uma função”. O petista fez um balanço da conferência, mas evitou citar os impasses sobre o texto decisório da COP 30.
“Eu não sei quantas vezes uma primeira-dama trabalhou tanto numa COP como a Janja trabalhou. Ela não estava aqui porque é minha mulher, mas porque tinha uma função, tinha uma representação dada pela presidência da COP para percorrer o Brasil e o mundo falando da participação das mulheres”, disse Lula ao lado da primeira-dama.
Janja é enviada especial das mulheres da Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas. Ela participou de uma série de eventos oficiais e paralelos à COP 30. Após a abertura do evento, Lula só voltou para Belém nesta quarta (19).
VEJA TAMBÉM:
Na reta final do evento, o petista rebateu críticas sobre a escolha de Belém e ressaltou que a discussão sobre o clima não pode ser feita “por meia dúzia de intelectuais ou ambientalistas”.
“Tratamos isso com muita seriedade. Todos os dirigentes do mundo devem saber que cuidar do clima é cuidar da existência do planeta. Cuidar do clima é saber que os países ricos precisam ajudar os países pobres”, destacou.
O petista disse que ainda pretende convencer o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a seriedade da questão climática. Lula convidou Trump para a COP30, mas o republicano não aceitou. O governo americano não enviou uma delegação ao evento.
"Estou tão feliz que um dia, haverei de convencer o presidente dos Estados Unidos que a questão climática é séria e de que o desenvolvimento verde é necessário. Estou tão feliz que eu sonho um dia, até em acabar com a guerra na Rússia e na Ucrânia, que já não existe mais razão dessa guerra continuar", concluiu.
O primeiro esboço do texto decisório foi apresentado na terça (18), mas uma definição sobre o "caminho" (road map), defendido por Lula, para a superação dos combustíveis fósseis. Apesar de não antecipar o acordo, o mandatário disse que o documento terá "o melhor resultado".
