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Os mercados da Argentina reagiram nesta sexta-feira (14) com forte alta após o anúncio do acordo comercial e de investimentos firmado entre os governos de Javier Milei e Donald Trump, dos EUA, que prevê a redução de tarifas e novas facilidades para o comércio bilateral entre os dois países. O índice S&P Merval da Bolsa de Buenos Aires subiu 3,8%, enquanto as ações de empresas do setor agropecuário, siderúrgico e de alumínio registraram ganhos de até 23%, segundo o jornal Clarín e a agência EFE.
De acordo com o Clarín, os papéis da Citrícola San Miguel, produtora de suco de limão voltado à exportação, subiram 23%. Já as ações da Inversora Juramento, do setor agropecuário, subiram 12%, e as da rede La Anónima, dona de frigoríficos e supermercados, aumentaram 13%. Também tiveram alta as empresas Morixe e Molinos Agro, ligadas à produção de alimentos, com ganhos de 9,5% e 7,5%, respectivamente. No setor industrial, Ternium e Aluar - voltadas ao aço e alumínio - subiram entre 4% e 8,5%.
Segundo a EFE, os investidores reagiram com otimismo ao acordo anunciado pela Casa Branca nesta quinta-feira (13), que estabelece as bases para um futuro tratado de comércio recíproco. O pacto inclui medidas sobre tarifas, propriedade intelectual e acesso preferencial a bens industriais e agrícolas.
“Com um acordo comercial com os Estados Unidos, volta o otimismo devido à consolidação da abertura de mercados e das regulações para facilitar o intercâmbio comercial”, observou a consultoria Wise Capital em relatório citado pela agência.
Ainda conforme a EFE, o dólar manteve estabilidade em 1.430 pesos no Banco Central argentino, enquanto os títulos públicos do país em dólares subiram entre 0,5% e 1,4%. Analistas do mercado financeiro apontaram que o avanço reforça a confiança na política econômica do governo Milei e no fortalecimento das relações com Washington.


