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Cerca de 17 mil jovens e adultos realizaram neste final de semana uma grande manifestação na Cidade do México para protestar contra a violência, a corrupção e a insegurança no país. O ato fez parte de uma mobilização nacional convocada inicialmente por grupos que se identificam como “Geração Z”, e que se espalhou por mais de 50 cidades.
Segundo o The New York Times, os protestos refletiram uma frustração crescente com a incapacidade do governo socialista da presidente Claudia Sheinbaum de reduzir o número de assassinatos, extorsões e o poder dos cartéis. Muitos manifestantes ergueram cartazes pedindo a renúncia de Sheinbaum e denunciaram a impunidade que marca casos de violência no país.
Conforme o jornal El País, a manifestação na Cidade do México, capital do país, foi marcada por tensão. Os manifestantes chegaram a derrubar as barreiras metálicas que foram instaladas nos arredores do Palácio Nacional, sede do governo mexicano. A polícia respondeu com gás lacrimogêneo e houve confrontos. As autoridades confirmaram 120 feridos, sendo 100 policiais, além de 19 detidos.
O assassinato do prefeito Carlos Manzo, conhecido como “Bukele do México”, ocorrido no começo deste mês, foi um dos principais gatilhos da mobilização, segundo o NYT. Manzo era crítico declarado dos cartéis e defendia ações mais duras na área da segurança.
De acordo com o jornal La Nación, também ocorreram protestos em Guadalajara, Monterrey, Mérida, Puebla e Querétaro. Muitos manifestantes exibiam bandeiras mexicanas e cartazes acusando o governo socialista de falhar no combate ao crime organizado.
O governo da presidente Sheinbaum afirmou que a manifestação foi resultado de uma “convocação manipulada e financiada pela direita”. Segundo o jornal El País, a presidente esquerdista declarou que influenciadores, empresários e políticos da oposição teriam impulsionado a mobilização, mas não apresentou provas públicas para sustentar essa acusação.
A manifestação expôs o maior desafio nas ruas enfrentado pelo governo até agora e evidenciou o crescente descontentamento social com a persistência da violência no país, mesmo após as promessas de reforço na política de segurança.
