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O ano em que a narrativa venceu a realidade
O aviso para o próximo ano é simples e brutal: votar conscientemente
Juliana Leite - 29/12/2025 09h44

2025 se encerrou como um ano em que o país escolheu a encenação em vez da honestidade intelectual. As injustiças cometidas contra Bolsonaro não foram apenas episódios jurídicos controversos, mas sinais de um sistema empenhado em transformar adversários em símbolos a serem esmagados.
O 8 de janeiro passou a funcionar como um atalho moral: um evento reduzido a slogan, útil para justificar excessos e punir de forma exemplar personagens escolhidos a dedo. Não houve interesse genuíno em nuance, contexto ou proporcionalidade — apenas a urgência de consolidar uma narrativa que absolvesse o poder de qualquer autocrítica.
Sob o governo Lula, o Brasil reviveu velhos hábitos embalados por uma retórica gasta. A responsabilidade fiscal foi tratada como capricho neoliberal, enquanto o país afundava em déficits previsíveis e o Estado se expandia sem freio nem vergonha.
As estatais, mais uma vez, deixaram de ser instrumentos técnicos para se tornarem peças políticas, com impacto direto na eficiência, na confiança e no bolso do cidadão comum. O discurso social serviu como álibi elegante para práticas que já haviam falhado antes, como se a repetição pudesse, por cansaço, se transformar em virtude.
No plano institucional, o ano terminou envolto em uma névoa ainda mais inquietante. Toffoli e Alexandre passaram a simbolizar não apenas o poder concentrado, mas a promiscuidade entre autoridade, interesses e relações pouco explicadas — como no caso envolvendo Vorcaro e o Banco Master, que corroeu ainda mais a confiança pública.
A sensação persistente foi a de um sistema que se protege a si mesmo enquanto exige sacrifício dos outros. Diante disso, o aviso para o próximo ano é simples e brutal: votar conscientemente deixou de ser uma escolha ética abstrata. Tornou-se a última linha entre a cidadania e a aceitação passiva de um país administrado pela conveniência e pelo medo.
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Juliana Moreira Leite é jornalista especialista em cultura, escritora e curiosa. Nesse espaço vai falar sobre assuntos da atualidades sob a sua visão. |
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