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Como um dos mais importantes pilares da sociedade, a educação, por meio dos professores, tem o dever de formar cidadãos aptos a atuar em comunidade, munidos não só de conhecimento, mas de habilidades comportamentais e emocionais. (Foto: Albari Rosa / Arquivo Gazeta do Povo)

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Ao nascer, chegamos a este mundo sem saber de nada e, por isso, desde o início de nosso desenvolvimento, precisamos de pessoas que nos ensinem o que é necessário para viver e atuar na sociedade. Além de nossos pais ou responsáveis, que dão o pontapé inicial ao nosso aprendizado, a escola é um dos principais locais para que crianças e adolescentes tenham convívio com seus semelhantes e construam sua noção de pertencimento.

Na sala de aula conhecemos os mais diversos assuntos e entramos em contato com temas importantes das mais variadas matérias, mas, mais do que isso, o professor pode – e deve – ser um guia e facilitador da educação socioemocional, levando o aluno a desenvolver mais autonomia e autoconhecimento e preparando-o para lidar com os desafios da vida de forma mais positiva.

Como um dos mais importantes pilares da sociedade, a educação, por meio dos professores, tem o dever de formar cidadãos aptos a atuar em comunidade, munidos não só de conhecimento, mas de habilidades comportamentais e emocionais

Independentemente da área de estudo ou do nível em que o profissional está inserido, da educação infantil ao ensino superior, o papel do professor vai muito além da docência em si. Ser professor requer muita responsabilidade, visto que é a figura que está presente em todas as etapas da nossa vida e da qual todas as outras profissões dependem para formação e capacitação.

Além da formação acadêmica, o professor contribui para o desenvolvimento do aluno em seu papel de indivíduo e de membro da sociedade, proporcionando-lhe experiências que vão além da esfera intelectual. Incentivando a reflexão sobre seus limites, orientando, apoiando e ensinando os alunos a nomear e gerir suas emoções – tanto as positivas quanto as negativas –, promovendo empatia e habilidades de relacionamento, contribui não só para o sucesso acadêmico, mas também pessoal e profissional.

Portanto, como um dos mais importantes pilares da sociedade, a educação, por meio dos professores, tem o dever de formar cidadãos aptos a atuar em comunidade, munidos não só de conhecimento, mas de habilidades comportamentais e emocionais.

De acordo com um estudo da consultoria americana TalentSmartEQ, a inteligência emocional é o mais forte indicador de desempenho, explicando um total de 58% de sucesso em todos os tipos de trabalho em comparação com 33 outras habilidades.

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Lidar com os próprios sentimentos é aprender a adequá-los a cada situação apresentada, seja no âmbito acadêmico, profissional ou pessoal; por isso, listo abaixo alguns benefícios da estabilidade emocional: promove a empatia e a colaboração, melhorando o convívio em grupo e construindo relações saudáveis; ajuda os alunos a ter mais equilíbrio emocional e a lidar melhor com as frustrações, enfrentando adversidades, superando desafios e adaptando-se às mudanças de forma positiva; capacita os indivíduos a avaliar as situações e fazer escolhas mais conscientes, éticas e responsáveis; prepara os estudantes para serem mais conscientes de suas ações e de seu papel na sociedade.

Deste modo, estimular o desenvolvimento emocional dos alunos é uma ação benéfica para todos, pois forma cidadãos críticos e abre as portas para um futuro mais promissor. Como diz o escritor e professor americano William Arthur Ward: “O professor medíocre conta. O professor comum explica. O bom professor mostra. O professor excelente inspira.”

Eduardo Dias, engenheiro químico de formação, professor, especialista em estratégias de estudo, inteligência emocional e alta performance é idealizador do MED, autor do livro “Eu decido sim” e coautor de “O desafio de educar” e “Inteligência emocional e financeira” (Editora Conquista).

Conteúdo editado por: Jocelaine Santos