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Vamos direto aos pontos que vão fazer desta edição da COP 30 a derradeira: primeiro, a ideia ambientalista de aquecimento global, de mudança climática ou seja lá qual for o termo usado, não tem mais aderência por várias razões. Uma delas é que não há comprovação científica do discurso sobre o aquecimento global, pois não foi possível vinculá-lo à ação humana. Ao contrário, há indícios e estudos de que, no processo, pode advir um resfriamento global.
Diante desse erro grosseiro de pesquisa, resolveram mudar o termo de aquecimento global para mudança climática. O que significa isso? A Terra parar de aquecer, pode esfriar, pode não mudar mais? O que exatamente significa mudança climática?
O pior advém da ideia de que qualquer país ou organização supranacional socialista tem poder para usar artifícios legais e implementar ações contra a produção industrial ou comercial, contra a mineração ou os negócios.
Tema batido e rebatido cansou a população
A falta de adesão ao conceito de mudança climática ocorre não só pela temática, que já está desgastada e esgotada — podem ser observados diversos países abandonando projetos nesse sentido, como foi nesta COP 30 — como também pelo fato de os governos já estarem absorvendo as questões climáticas por demandas da população, que tem cobrado ações mais imediatas e locais.
Várias mudanças legislativas têm ocorrido no nível regional. A sustentação das cidades e o turismo mundial têm afetado os países, e os próprios governos vão ter que começar a socorrer o meio ambiente. Abrir um país para o turismo também impacta várias grandes cidades do mundo e exige padrões, sem precisar de qualquer documento ou estudo global. A pressão pelo modelo supranacional serve mais para atrair turistas do que por uma questão climática.
Portanto, já existe adesão no nível dos governos locais, seja dos municípios, dos estados-membros ou até mesmo dos governos federais. Para que precisamos, então, de um grupo supranacional definindo os rumos do mundo como um bloco monolítico? Não, não precisamos de nenhuma COP.
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Festa de burocratas que se acham
Em segundo lugar, as pessoas que frequentam esse tipo de evento fazem parte de uma burocracia fechada entre si, sublocam os tratados e acordos. O chefe de Estado nem sempre atende às demandas, e os burocratas vão em busca de validação pela COP, mas essa validação também já perdeu força.
Essa burocracia criou vida própria, com técnicos empoderados que tecem julgamentos sobre tudo e todos na questão ambiental e muitas outras. Porém, eles perderam poder e terreno no campo ideológico; em decorrência disso, vemos o esfacelamento da autoridade da ONU.
O terceiro ponto a considerar são os altos custos de eventos como esse, que no fundo não têm retorno. Não passam de uma festa ridícula, com alto custo e alto impacto ambiental, não somente no Brasil. Um custo absurdo de desmatamento, gasto de energia e queima de combustíveis para promover a COP da hipocrisia absoluta.
Além disso, aqui foram construídas estruturas artificiais despropositadas. No futuro, serão elefantes brancos e sem retorno sobre o investimento. Por que não deixar algo para que a população local se beneficie em termos de turismo e infraestrutura?
Absolutamente nada foi feito nesse sentido, e o mundo todo está vendo: viagens de todos os dignitários queimando combustível de jato para chegar à COP 30, transatlânticos internacionais alugados a peso de ouro e atracados na praia, à vista de locais que foram excluídos e visitantes que pagaram um rim por um quarto e uma coxinha; violência sem controle que amedrontou todas as delegações.
Brasil na contramão da história, de novo
Não há mais espaço para esse tipo de evento dentro de um diálogo mais transparente. A crítica às decisões globais é muito intensa. Enquanto o mundo aponta o fim das decisões multilaterais, o discurso de Lula afirma o multilateralismo e o favorecimento de acordos internacionais que envolvam grandes blocos de vários países.
Por essa razão, esse tipo de acordo está sendo confrontado com a realidade, uma crítica que vem até dos próprios BRICS, que favorecem acordos e parcerias bilaterais, e não multilaterais. Isto é, as partes definem individualmente o que é melhor para seus países.
Pode-se considerar que essa é a maior alavanca do nacionalismo e das soberanias nacionalistas, que é para onde o mundo está sinalizando neste século XXI, saindo de grandes blocos e de grandes acordos e indo para a bilateralidade e hegemonia regional e local, e não para esses grandes blocos hegemônicos.
O fim da multilateralidade é uma questão de tempo
Um exemplo é a falência do Mercosul e da União Europeia. Ambas as partes nunca conseguiram um acordo viável; aliás, a maioria desses acordos internos está caindo por terra, tendo um claro protagonista: os Estados Unidos.
Isso ocorre desde antes da ascensão de Donald Trump, que se desgasta porque enfrenta estruturas que tiram o poder de um país mais forte. Quanto mais um país for dominante, mais perceberá que é vítima do multilateralismo e quererá se retirar dos blocos, e foi o que aconteceu com os Estados Unidos, e possivelmente com a Inglaterra também, quando saiu da UE.
A Inglaterra não era o país dominante; no entanto, é uma das três maiores economias da Europa e estava perdendo o controle de sua condição política, por isso pulou fora. Essa é uma tendência de rejeição ao multilateralismo que tende a acelerar no século XXI.
Seremos os mais prejudicados
Outro ponto é que os países que mais poluem não aderem às decisões de qualquer acordo ambiental mundial, e o Brasil é o líder em termos ambientais. Nós temos as leis mais rigorosas, as instituições mais maduras, a biodiversidade mais ampla e o território nacional mais diverso e extenso que qualquer um dos países que participam da COP 30.
Portanto, por que o Brasil precisa sucumbir suas decisões ambientais a um grupo de países ou a um acordo multilateral? E por que os países que mais prejudicam o meio ambiente nunca aderem a nenhuma dessas decisões?
O Brasil já aderiu seriamente aos rigores da COP 30 e vai fazer com que todo país obedeça, mas a verdade é que nenhum país tem essa capacidade; só o Brasil vai ficar. O Congresso ratificou o acordo que envolve vários países da região caribenha e América Latina. O próximo passo é enumerar princípios e fixar diretrizes e normas para estabelecer regras ambientais.
Devem criar um Fórum Regional para o meio ambiente, e daí vêm outras perguntas: o que a Jamaica tem a ver com o meio ambiente no Brasil? O que as Honduras sabem do nosso potencial do agronegócio, considerando que Honduras praticamente não tem nada? Como a Costa Rica vai julgar nossa industrialização, considerando que ela nem é industrializada? O que um país como o Panamá tem a dizer sobre a condução do nosso comércio?
A verdade é que acordos criados por essas organizações de conselhos supranacionais são usados para driblar a resistência política interna no Brasil. Os socialistas brasileiros não têm força política para impor o seu “nazismo” sobre todos os setores da economia, porque a resistência é muito grande. O governo também não tem apoio político, então apela ao Conselho Internacional, e, por meio de juízes, acabam impondo a vontade desse conselho.
Trata-se de uma pseudo validação internacional
Na verdade, essa COP 30 foi um subterfúgio para driblar a democracia e enterrar o sonho de um país melhor. O Brasil é a maior vítima, porque é o que mais tem a perder; o país que poderia liderar agora é subjugado. Imagine se o Brasil impusesse regras ambientais a qualquer rival econômico! Eles estariam em maus lençóis, não haveria um só que produzisse a ponto de ser competitivo, e o Brasil teria uma grande vantagem.
Ao contrário, o Brasil segue neutralizado por grupos de interesse que usam governos socialistas e corruptos para criar e assinar acordos internacionais, com o objetivo de que instituições estrangeiras possam limitar a competição do Brasil com seus países. Essa é a grande verdade.
Sim, a COP 30 já morreu e sua existência não sustenta mais as falsas narrativas, porque a representatividade das forças nativas era falsa e, ainda por cima, querem criar um conselho para definir o que deve ser o meio ambiente em qualquer país.
