Rede secreta de financiamento do Hamas-Irã na Turquia
É necessário lembrar que o presidente turco é antissemita
Lawrence Maximus - 10/12/2025 14h01

As Forças de Defesa de Israel (IDF) e o Serviço de Segurança Geral (Shin Bet) revelaram a existência de uma sofisticada rede de lavagem de dinheiro operada por membros do Hamas na Turquia, com financiamento direto do regime iraniano.
Essa estrutura, composta por cambistas de origem gazense residentes no país euro-asiático, explora a infraestrutura financeira turca para receber, armazenar e transferir centenas de milhões de dólares anualmente ao grupo terrorista e sua liderança sênior.
Os operadores identificados — Tamer Hassan (alto funcionário do ministério de finanças do Hamas, subordinado a Khalil al-Hayya), Khalil Farwana (ou Farauna) e Farid Abu Dayr (ou Abu Dair) — atuam em plena coordenação com Teerã, ilustrando um mecanismo proxy clássico de apoio estatal ao terrorismo não convencional.
Essa divulgação não se limita a uma operação de inteligência pontual, mas inserem-se em um contexto mais amplo de resiliência organizacional do Hamas pós-conflitos em Gaza. Com o respaldo logístico e financeiro iraniano, o grupo busca reconstruir capacidades operacionais externas à Faixa, perpetuando esquemas de violência contra Israel.
Documentos divulgados pelas autoridades israelenses, embora mostrem apenas amostras de transações na casa das centenas de milhares de dólares, apontam para um fluxo anual substancialmente maior, sublinhando a vulnerabilidade de sistemas bancários nacionais a redes ilícitas transnacionais.
Do ponto de vista analítico, o caso expõe falhas sistêmicas na governança global do financiamento ao terrorismo: a Turquia, como hub econômico para atividades do Hamas (incluindo presença de líderes seniores), emerge como elo crítico, levantando questões sobre a eficácia de sanções internacionais e a cooperação antiterrorismo.
Em suma, autoridades israelenses emitiram alertas explícitos contra qualquer vínculo com essa rede, classificando potenciais colaboradores como alvos legítimos. Em um cenário de realpolitik, isso reforça o papel do Irã como patrono de proxies regionais, desafiando esforços ocidentais de contenção e destacando a persistência de assimetrias no combate ao terrorismo financiado por Estados.
|
Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel. |
Leia também1 Filha de María Corina recebe o Nobel da Paz em seu nome
2 María Corina não participa da cerimônia do Prêmio Nobel da Paz
3 A ditadura da lacração: Por que o "psicológue" tem palanque e o cristão tem mordaça?
4 Flávio Bolsonaro e a missão de reconstruir o país
5 Donald Trump declara que os dias de Maduro estão contados














