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Documentos obtidos com exclusividade por este colunista cara-de-pau mostram que #AlexandredeMoraesTemRazão. Tudo estava planejado. O ex-presidente Jair Bolsonaro pretendia mesmo usar uma vigília de orações para empreender fuga rumo à Embaixada dos Estados Unidos. É o que se deduz a partir de desenhos encontrados num saco de pão que agora está sendo periciado pela Polícia Federal.
As informações preliminares, porém, foram corroboradas pelo próprio Jair Bolsonaro, em depoimento dado aos agentes Pregabalina e Sertralina. O plano, provavelmente elaborado por uma equipe do Mossad com ajuda da CIA, dada a sua altíssima complexidade, foi descoberto por acaso, depois que o uso indevido de um ferro de solda, ainda na fase de preparativos, derrubou os disjuntores da casa de um jornalista investigativo em Brasília. Por coincidência, aquele do caso Filipe Martins.
Soberania nacional
Os detalhes são estarrecedores. E tudo começaria com uma afronta à Soberania Nacional. Porque, com a vigília de orações, o senador Flávio Bolsonaro pretendia invocar a ajuda dos Céus para resolver um problema interno nosso. Especula-se que essa oração de lesa-pátria teria sido ideia de Eduardo Bolsonaro, em parceria com o ultracatólico e hipermegaconservador vice-presidente dos Estados Unidos, J. D. Vance.
Pois bem. Disfarçados de fiéis, os conspiradores pediriam a Deus, sem o devido processo legal e num verdadeiro ataque à jurisdição do STF, a pronta recuperação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está supostamente doente depois de ter sofrido um suposto atentado com uma suposta faca, atentado esse cometido por um suposto louco supostamente esquerdista chamado, supostamente, Adélio.
Projeto Hamelin do Cerrado
Os clamores teriam efeito imediato. Efeito imediato sobre os tímpanos dos agentes da Polícia Federal, que vigiavam ostensivamente o lar dos Bolsonaro. Milagre? Que nada! É que os agentes do Mossad elaboraram uma sequência de palavras que, ditas na frequência certa, hipnotizam o inimigo. É o ultrassecreto (quero dizer, agora não mais) projeto Hamelin do Cerrado.
Uma vez atraídos para dentro da armadilha, os agentes seriam imobilizados pelos agitadores. Teria início, então, a Grande Fuga de Bolsonaro. E para isso o ferro de solda era essencial, porque seria usado não para danificar a tornozeleira eletrônica, como andaram dizendo por aí, e sim para soldar a roda do monociclo que o ex-presidente teria de usar no trajeto de 13km que separam sua casa da Embaixada dos EUA. Ou melhor, que separam a vida na ditadura da vida na land of the free and home of the brave!
Pirógrafo
A tarefa de ensinar Bolsonaro a soldar a roda do monociclo, aliás, coube ao deputado federal Nikolas Ferreira, que também ensinou o ex-presidente a andar na geringonça. Por que ele próprio não a soldou ninguém sabe. É um mistério. Por que um monociclo? Ninguém sabe também. Outro mistério. O fato é que, uma vez avisado de que a barra estava livre, o ex-presidente Jair Bolsonaro deveria pôr na cabeça um capacete verde e amarelo, cotoveleiras azuis e joelheiras brancas, subir no monociclo e pedalar. Pedalar loucamente rumo à Embaixada dos Estados Unidos, sentindo no rosto os auspiciosos ventos da tão sonhada liberdade.
Por sorte esse plano macabro e lesivo à democracia foi desmascarado a tempo. Tudo por culpa do Nikolas, que no dia anterior à Grande Fuga ligou o ferro de solda na tomada para usá-lo como pirógrafo (não, não é nada disso que você está pensando) e escrever um recadinho para Alexandre de Moraes: “Perdeu, mané. Não amola!”. O ferro de solda causou um curto-circuito que alertou um jornalista investigativo especializado em criar narrativas de golpe de Estado. E assim o Brasil foi salvo de ter um ex-presidente exilado e denunciando o regime de exceção que vigora por aqui. Ufa.
