Sedentarismo é o novo cigarro: entenda como ele afeta o coração
A falta de movimento pode aumentar as chances de doenças que prejudicam a saúde cardiovascular
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O sedentarismo é algo silencioso, mas pode ser devastador para a saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 27% dos adultos em todo o mundo não praticam atividade física suficiente, e esse comportamento está diretamente ligado ao aumento dos casos de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca.
“O corpo humano foi feito para o movimento. Quando passamos longos períodos parados, há uma redução na circulação, acúmulo de gordura e piora da resistência à insulina, o que sobrecarrega o coração”, explica a Dra. Lívia Sant’Ana, cardiologista e pós-graduada em nutrologia.
Consequências acumulativas para o coração
A médica ressalta que, assim como o cigarro, o sedentarismo tem efeitos cumulativos. “As consequências não aparecem de um dia para o outro, mas, com o passar dos anos, quem não se movimenta tem maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes e até certos tipos de câncer. É por isso que o sedentarismo já é considerado o novo cigarro”, destaca.
Imagem: Brocreative | ShutterstockPequenas mudanças que fortalecem o coração
Conforme a cardiologista, o segredo para garantir a saúde e evitar o sedentarismo está na constância. “Não é preciso começar com treinos intensos ou academia. Caminhar 30 minutos por dia, subir escadas em vez de usar o elevador ou trocar o carro pela bicicleta em curtas distâncias já são atitudes poderosas para proteger o coração”, recomenda.
Movimento como regulador emocional
Além de combater o sedentarismo e proteger o coração, a Dra. Lívia Sant’Ana lembra que o exercício físico também atua como um modulador emocional. “A prática regular libera endorfina e melhora o humor, o que ajuda a controlar a ansiedade e o estresse, fatores que também afetam diretamente a saúde cardiovascular”, completa.
Cada passo é um investimento em longevidade
Para a médica, o ponto de partida está em enxergar o movimento como um investimento na longevidade. “A mudança não precisa ser radical. O importante é começar. Cada passo conta quando o objetivo é um coração mais forte e uma vida mais saudável”, finaliza.
Por Daiane Bombarda