Substituto de Zambelli, Adilson Barroso prega anistia e apoio ao PL da Dosimetria
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, novo titular da cadeira do PL-SP afirma que manterá bandeiras da ex-deputada, mas adota tom cauteloso para evitar ‘sair ferido’ no embate político
O deputado federal Adilson Barroso (PL-SP) assume definitivamente a cadeira deixada por Carla Zambelli, que renunciou ao mandato neste domingo (14) em meio a processos judiciais e detenção na Itália. Em entrevista exclusiva ao “Jornal da Manhã”, da Jovem Pan, Barroso garantiu que manterá as pautas da ex-parlamentar, mas sinalizou uma mudança de estratégia política, evitando o confronto direto que marcou a trajetória de sua antecessora.
Sobre a herança política da vaga, o deputado declara que continuará fiel ao eleitorado conservador: “Vamos nos dedicar a tudo que Carla Zambelli defende e vamos representá-la muito bem.”
Apoio ao PL da Dosimetria
Barroso defendeu o voto favorável ao PL da Dosimetria, texto aprovado na Câmara que altera o cálculo de penas criminais. Embora criticado por setores que exigiam anistia total imediata, o parlamentar vê a medida como o caminho viável para libertar detidos pelos atos de 8 de Janeiro a curto prazo.
“Eu apoio o PL da Dosimetria, porque Bolsonaro sabe que presos vão passar seu Natal em casa, já que passou na Câmara. Portanto, eu apoio, mesmo sabendo que não é o que queremos, mas o que é possível.”
O foco do mandato, segundo ele, será reverter as condenações atuais através da política, citando a organização da esquerda como exemplo de eficiência na ocupação de espaços.
“A esquerda sempre foi de linha de frente, viajou ao mundo denunciando o sistema brasileiro. Nós vamos reverter esse quadro”, afirmou.
‘Sem radicalismo’
Diferenciando-se do estilo combativo de Zambelli, Barroso pregou cautela. O novo titular argumenta que o radicalismo sem preparo gera baixas políticas desnecessárias, defendendo uma atuação focada em resultados legislativos, especialmente na anistia.
“Eu não vou ser um deputado radical, que ataca sem um preparo. A gente tem que saber a hora de avançar. Precisamos tomar cuidado para não sair ferido. Sempre defendendo nossa Pátria e o povo que defende o conservadorismo. Queremos ajudar os condenados do 8 de Janeiro, sem radicalismo.”
Barroso concluiu listando suas prioridades legislativas, que unem pautas econômicas a uma defesa intensa contra o que classifica como perseguição política.
“Projetos e coisas que defendem um Brasil sustentável como redução de impostos, essas coisas eu já venho trabalhando. Vou dedicar mais a anistia e aos projetos que prejudicam o Brasil por causa dessa perseguição. Estaremos focados nisso.”

