
Ouça este conteúdo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu nesta quarta-feira (3) um indulto pleno ao deputado democrata Henry Cuéllar, do Texas, e à esposa dele, Imelda. A decisão encerra o processo em que ambos eram acusados de envolvimento em esquemas de suborno avaliados em cerca de US$ 600 mil.
O caso contra o casal teve origem em investigações abertas durante o governo de Joe Biden, quando promotores federais apontaram pagamentos de propinas a Cuéllar e sua esposa ligados a uma empresa estatal de energia do Azerbaijão e a um banco mexicano. Cuéllar sempre rejeitou todas as alegações desde o início e voltou a se declarar inocente após o perdão presidencial.
Trump apresentou o indulto como uma resposta ao que classificou como perseguição política promovida pelo governo Biden. O presidente escreveu na Truth Social que “O ‘Desonesto’ Joe utilizou o FBI e o Departamento de Justiça para ‘eliminar’ um membro de seu próprio partido depois que o muito respeitado congressista Henry Cuéllar se pronunciou valentemente contra a política de fronteiras abertas e da catástrofe fronteiriça de Biden”.
O presidente também afirmou que Cuéllar e sua esposa foram alvo de retaliação por divergirem da Casa Branca sob comando democrata.
“Joe ‘o Sonolento’ perseguiu o congressista, e até sua maravilhosa esposa, Imelda, simplesmente por dizer a VERDADE”, escreveu. “Henry, não te conheço, mas esta noite você pode dormir tranquilo: seu pesadelo finalmente acabou!”, disse o presidente ao anunciar o indulto. Trump anexou ao anúncio uma carta assinada pelas filhas do congressista, em que elas pediam clemência para os pais e agradeciam antecipadamente pela “compaixão” do presidente.
“Quero agradecer ao presidente Trump por sua tremenda liderança e por dedicar tempo para olhar os fatos (…) Esta decisão limpa o ar e nos permite seguir em frente para o Sul do Texas”, disse o congressista após ter conhecimento do perdão presidencial.
Cuéllar está na Câmara dos Deputados dos EUA desde 2005 e integra o grupo mais moderado do Partido Democrata, que, durante o governo Biden, frequentemente se alinhava a posições críticas à política migratória defendida pelo então presidente. Após o indulto, o congressista disse ter certeza que os republicanos vencerão as eleições de meio de mandato em 2026.


